O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Paraíba, advogado Paulo Maia, se manifestou sobre a confusão entre o delegado Afrânio Doglia de Brito Filho e advogados da Comissão de Prerrogativas da Anacrim, ocorrida nessa sexta-feira (25), na Central de Polícia, em João Pessoa. O desentendimento ocorreu após a prisão de um advogado na madrugada de ontem, o qual já havia se desentendido com uma delegada.
“Violação de Prerrogativas. Dia triste para a cidadania. Advogados foram alvo de violência na central de flagrantes”, disse Paulo Maia na legenda do vídeo publicado nas redes sociais.
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No vídeo, ele relata que ontem foi um dia triste para a advocacia paraibana e a para a Polícia Civil. “Hoje, 25 de setembro de 2020, é um dia triste na memória da advocacia paraibana e também, porque não dizer, na memória da Polícia Civil do Estado da Paraíba? Hoje, na Central de Polícia, advogados integrantes da Comissão de Prerrogativas da OAB da Paraíba foram agredidos. Suas roupas foram rasgadas, um celular foi apreendido, o qual registrou a ação abusiva, violenta e agressiva de membros da Polícia Civil que não permitiram o exercício regular da Comissão de Prerrogativas que foram registrar um boletim de ocorrência de um fato de agressão que ocorreu na madrugada desse mesmo dia, onde um advogado foi agredido verbalmente por uma delegada. E depois ameaçado de morte pelo esposo dessa delegada, segundo constam as primeiras versões.”
Segundo Paulo Maia, “as imagens filmadas dessa violência, da agressão que foi perpetrada contra os advogados da Comissão de Prerrogativas, tanto da OAB-PB quanto da Anacrim, falam por si só.”
Ele pediu para que o governador e o secretário de Segurança Pública punam de forma rigorosa o que chama de violadores do direito. “Clamamos ao senhor governador do Estado da Paraíba, clamamos ao senhor secretário de Segurança Pública que possam intervir, necessária e adequadamente, para repelir e punir de maneira firme e rigorosa os violadores, não só das prerrogativas da advocacia, mas do direito de ir e vir de cada cidadão, que se agrava sobremaneira quando um advogada e uma advogada, no exercício regular da sua profissão, é impedido de entrar numa Central de Polícia para fazer o registro de um abuso de autoridade, de uma violência praticada por uma autoridade.”