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Paraibana conhece irmã e se descobre herdeira de famoso bloco em Olinda

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Após mais de duas décadas, a paraibana Daniela Ramos, 23, encontra irmã e descobre que praticamente a família toda faz parte do famoso bloco Eu Acho É Pouco, em Olinda.

“Imagina você aos 23 anos ser encontrada por uma irmã que te procurou durante anos desde que o pai que te abandonou, faleceu, e você descobrir que sua família mora em Olinda e possui um dos maiores blocos de Carnaval e que você tem oito tios, cinco tias, 15 primas e dois primos que agora querem te conhecer?”, disse em postagem nas redes sociais a paraibana.

O que aconteceu

Atualmente morando em João Pessoa (PB), onde cursa psicologia, Daniela Ramos nasceu em Campina Grande, no mesmo estado. Foi lá que seu pai, Adeildo Souza Ramos, que trabalhava como motorista em uma empresa de ônibus, conheceu sua mãe, Edineide Braz. Ele disse para Edineide que era solteiro e da relação nasceu Daniela.

No entanto, Adeildo era casado e, ao saber da concepção da filha fora do matrimônio, tentou se abster da responsabilidade, chegando inclusive a exigir um teste de DNA.

Mesmo com o resultado positivo e após sua esposa descobrir, ele se ausentou da vida de Daniela e impediu qualquer tipo de contato da sua família com a criança. Mas, as filhas não desistiram de encontrar a irmã, e sempre fizeram perguntas ao pai, que desconversava.

“Minha mãe também cresceu sem conhecer o pai e sabia como isso é doloroso. Por isso ela sempre incentivou meu pai a assumir suas responsabilidades e a irmos atrás da nossa irmã. Meu pai registrou Daniela no cartório e uma pensão chegou a ser paga. Minha mãe fazia os depósitos, mas depois disse que ele precisaria realizar essas transferências porque o processo era doloroso para ela. Quando ela passou essa função para ele, infelizmente ele parou de pagar a pensão. Com a morte do meu pai, em 2011, minha mãe continuou dando força para que fôssemos atrás de Daniela. Só tínhamos uma foto dela bebê, que minha mãe achou nas roupas do meu pai
“, disse Jaqueline Medeiros.

Jaqueline, junto com os irmãos Nathália, Adriano e Laís, nunca deixou de procurar pela irmã. A busca se dava prioritariamente pelas redes sociais. Eles buscavam pelo nome “Daniela Braz”, seguindo a pista do sobrenome da mãe da menina, mas sempre sem sucesso. Entre as poucas informações que tinham estava a de que a menina havia nascido no dia 5 de abril de 2000.

Foi apenas em 2023 que Jaqueline, dessa vez buscando com o sobrenome da família, Ramos, achou uma moça que imediatamente chamou sua atenção pela semelhança física com o pai e alguns de seus parentes. Ao ver a data de nascimento, 5 de abril, a esperança de ter encontrado a irmã aumentou. Ainda assim, havia o receio de entrar em contato. A filha de Jaqueline, então, enviou uma mensagem para Daniela e explicou a situação. Ao verem que as histórias batiam, começaram a conversar.

“No primeiro momento, foi tudo muito estranho para mim. Doeu saber que meus irmãos passaram tantos anos buscando por mim e nós fomos privados desse convívio por conta das ações do nosso pai. Me entristecia saber que minha mãe, mesmo com problemas de saúde, teve que se esforçar tanto para criar a mim e meu irmão mais velho, Daniel, fruto de outro relacionamento da minha mãe, que foi como uma figura paterna para mim, sem qualquer tipo de ajuda. Após o contato inicial, precisei de um tempo para refletir, me recolhi, e só recentemente retomamos o contato”, disse Daniela.

Após voltarem a se falar, no início deste ano, Daniela disse a Jaqueline que estava pronta para conhecer a família. Foi então que a irmã, que atualmente mora em Campina Grande, colocou Daniela no grupo de WhatsApp da família.

“Antes de adicioná-la no grupo, brinquei dizendo que a nossa família iria crescer. Todo mundo achou que eu estava grávida, mas expliquei que iria aumentar de outra forma. Foi aquela explosão. Todo mundo ficou muito feliz. Nossa família é muito receptiva e amorosa e todo mundo acolheu Daniela de uma forma muito bonita”, disse Jaqueline.

O novo núcleo familiar de Daniela guarda uma relação íntima com o Carnaval. Seus tios formam a batucada do Eu Acho É Pouco, bloco que desfila desde 1977 no Carnaval de Olinda, arrastando multidões pelas ladeiras da cidade. Entre suas primas está Dany Myler, uma cantoras mais aclamadas do brega pernambucano.

O pai de Daniela e Jaqueline não tocava na batucada, mas dava apoio aos irmãos nas apresentações. Era muito apaixonado pelo Carnaval, paixão que desenvolveu desde criança em Olinda, cidade onde nasceu e se criou.

Agora, Daniela se prepara para conhecer pessoalmente tanto a família pernambucana quanto o Eu Acho É Pouco. A família a convidou para passar a festividade com eles. Ela pretende chegar na sexta-feira (9), abertura do Carnaval, e acompanhar o primeiro desfile do bloco, que acontece no sábado (10), pela manhã.

“No começo fiquei muito mexida com tudo, mas agora estou muito feliz com todo o amor que venho recebendo”, enfatizou Daniela. Ela reforçou estar ansiosa para confraternizar com o recém-descoberto núcleo familiar.

 

 

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