Paraíba registra o maior número de doações de múltiplos órgãos dos últimos cinco anos

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A Central de Transplantes da Paraíba registrou um recorde histórico em doação de órgãos este ano. Até o momento, foram contabilizadas 41 doações de múltiplos órgãos, superando o número de doações no mesmo período do ano passado, quando foram registradas 37 doações até o fim de novembro. O dado também é superior aos anos de 2019 (19 doações), 2020 (18 doações), 2021(21 doações) e 2022 (30 doações).

A Paraíba ainda vem registrando recorde nas doações de coração em 2024, com 10 órgãos doados, superando os nove do ano de 2023. Com isso, seis paraibanos e quatro pernambucanos deixaram a lista de espera ao receber um transplante de coração. Este ano já foram captados 118 órgãos e 57 foram disponibilizados para salvar vidas de pacientes em outros estados, casos que ocorrem quando na lista estadual não existem receptores compatíveis.

Outro número que merece destaque é que as 41 doações realizadas em 2024 representam uma média de quase uma doação por semana. Para a diretora da Central, Rafaela Dias, os números expressivos demonstram o compromisso da Central de Transplantes da Paraíba em promover a doação de órgãos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes em lista de espera.

Além do aspecto emocional, as doações de múltiplos órgãos têm um impacto direto na lista de espera por transplantes. Na Paraíba, 678 pessoas aguardam por um órgão, e cada doação pode beneficiar até seis pacientes no estado, dependendo dos órgãos e tecidos disponíveis. Este ano 237 transplantes foram realizados, sendo seis de coração, 19 de rim, 27 de fígado, 173 de córneas e 12 de medula óssea.

Um outro fator considerado fundamental para o sucesso das doações é a segurança na realização dos exames de compatibilidade. Na Paraíba, a triagem sorológica de potenciais doadores de órgãos e tecidos é realizada de forma minuciosa pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PB), unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

A partir de janeiro de 2025 o programa ‘Laços de Vida’ promete fortalecer ainda mais o trabalho desenvolvido pela Central. A iniciativa visa prestar atendimento psicológico e psiquiátrico às famílias de doadores de órgãos durante o período de luto.

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