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Paraíba pode ganhar pólo de combate a crimes pela internet

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O presidente da Associação Internacional para Prevenção de Crimes Cibernéticos (International Association Cybercrime Prevention), professor Mohamed Chawki, do Egito, quer implantar na Paraíba um Pólo dessa associação, para o combate a crimes praticados através da Internet. O Pólo servirá de referência para a América Latina. A proposta foi apresentada pelo próprio Mohamed Chawki, autoridade na área de cibercrimes e juiz do Conselho de Estado, que ministrou uma palestra sobre o ciberterrorismo, as vulnerabilidades do País e estratégias para a segurança nacional, durante o 1º  Seminário Cibercrime e Cooperação Penal Internacional – ISCCRIM 2009, que se encerrou nesta sexta-feira (22), no Espaço Cultural do Unipê, em João Pessoa. O evento reuniu especialistas e pesquisadores de 10 países, para debater o combate internacional a esse tipo de crime.

Segundo o coronel Arnaldo Sobrinho de Morais Neto, coordenador executivo do Seminário, a Associação Internacional, com sede em Paris, na França, pode cooperar com o Brasil e a Paraíba no combate a crimes cibernéticos, dando consultoria técnica científica. “O Farol Digital, do Sebrae (PB), daria o suporte tecnológico. Este evento tem como objetivo provocar a sociedade e as autoridades policiais e de segurança para o combate mais afetivo a esse tipo de crime, que merece uma atenção maior”, afirmou o coronel, autor de uma pesquisa de Mestrado pela UFPB, sobre crimes cibernéticos, que resultou nesse seminário.

O coronel concluiu, em sua pesquisa, que houve uma “explosão” no número de usuários de Internet e um aumento significativo no número de incidentes ou “criminosos virtuais”. Ele analisou, entre outros pontos, a “Operação Scan”, da Polícia Federal, que desarticulou uma quadrilha de crackers, que desviava dinheiro de contas bancárias pela Internet, cujo líder era um paraibano de Campina Grande. “Concluímos também que a atuação da PF no combate a esse tipo de crime tem crescido, mas não o suficiente para acompanhar todo o aparato dessas quadrilhas. É preciso aumentar a atuação das polícias”, sentenciou Arnaldo.

Segundo o coronel, o professor Mohamed Chawki fez uma explanação demonstrando preocupação com esses crimes e alertando que o Brasil e a Paraíba também não estão livres de tragédias, que poderão ser provocadas por quadrilhas de crackers. “O professor Mohamed disse que o ciberterrorismo nos coloca à mercê até de tragédias, como um ataque de crackers a uma central de controle aéreo. Para se ter ideia, recebemos cinco tentativas de crackers de rastrear o nosso evento. Em um dos e-mails recebidos, havia uma mensagem dizendo que 20 nigerianos viriam para o evento. Mas fui avisado pelo Mohamed que era uma espécie de vírus ‘cavalo de tróia’, que se instala na máquina para vasculhar informações confidenciais”, revelou Arnaldo, autor da pesquisa “Cibercrime e Cooperação Penal Internacional: um enfoque à luz da Convenção de Budapeste”.

O professor doutor Manoel Alexandre Cavalcante Belo, que orientou a pesquisa sobre Cibercrimes, disse que se não houver uma cooperação penal internacional não se conseguirá combater os crimes praticados pela Internet. “O Seminário concluiu que, sem uma cooperação efetiva, não há como resolver o problema dos cibercrimes. É preciso haver uma ajuda mútua, principalmente, entre o Ministério Público e o Poder Judiciário dos Estados e países, para se chegar à punição”, sentenciou o professor, que ministrou palestra no último dia do evento, com o tema “O Tribunal Penal Internacional e sua inclusão no ordenamento constitucional brasileiro”.
 

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