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Paraíba perde a voz de veludo de Irece Botelho, vítima de pneumonia aguda

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Faleceu às 4h15 deste domingo, 11 de novembro, a radialista e colunista paraibana Irece Botelho, 73 anos. Ela estava internada na UPA do Valentina Figueiredo, em João Pessoa com um quadro de pneumonia aguda. .

Irece Martins Botelho nasceu em 6 de maio de 1945, em João Pessoa. Começou sua trajetória no rádio aos 16 anos de idade com locuções comerciais na Rádio Tabajara. Das décadas de 1960 a 1980 atuou como locutora nas rádios Caturité, em Campina Grande, Correio e Arapuan, na capital.

Além de radialista, Irece também era colunista e escrevia artigos para semanários e jornais como O Norte, Correio da Paraíba, O Combate, O Momento, A Hora, entre outros periódicos, nos anos de 1970 e 1980. Em suas colunas abordava temas do universo musical, direito à diversidade e diferenças individuais e em defesa dos animais.

Ao longo da sua trajetória no rádio e em jornal, a radialista entrevistou artistas como Ângela Maria, Maysa, Núbia Lafayette, Carmem Costa, Clara Nunes, Cláudia Barroso, Nara Leão, Perla, o cantor Pery Ribeiro e a atriz Renata Sorrah, entre outros. A voz de Irece era comparada com a da locutora Iris Lettieri e chamada de “a voz de veludo”.

Irece Botelho se aposentou na década de 1980. Considerada uma das vozes mais bonitas do rádio paraibano, um dos seus últimos trabalhos foi na gravação de spots publicitários para um projeto musical organizado pelo radialista e jornalista Germano Barbosa.

Com a saúde debilitada, a jornalista perdeu parte da audição e tinha a doença de Alzheimer. Irece Botelho morava com o filho Raniere Martins, com a nora e uma neta.

A família ainda não informou os locais de velório e sepultamento.

“Gostava mais de escrever do que ser locutora, porque ser locutora, eu estava feito papagaio repetindo o que os outros diziam. Escrevendo era o que eu queria dizer. Ai, que vida boa a de censurada! Censurada pelo próprio jornal, não era pelos militares”, revela saudosa das travessuras de colunista em plena Ditadura Militar no Brasil. “Mas eu escrevia cada uma. E aí, depois a coisa abriu mais e eu pude escrever mais livremente, inclusive sobre mim mesmo, quem eu sou, que eu nunca neguei quem eu sou”.

Gilson Souto Maior: “São poucas as locutoras com um grave bonito como o da Irece e me impressionava a dicção dela como um todo, a valorização que ela dava as palavras pela pronúncia correta”, relembra.

Germano Barbosa: “Ela sabia tudo que acontecia na Paraíba, no Brasil, no mundo das estrelas. Ela gostava muito de acompanhar o glamour de Hollywood, da Broadway, dos artistas nacionais e estrangeiros. E escrevia divinamente bem. Poucos textos são tão bons como os de Irece Botelho”.

– Depoimentos e trechos do livro ‘A voz feminina: vida e protagonismo de radialistas em João Pessoa’ (2018).

ParlamentoPB com Marcela Machado

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