A jornalista Pâmela Bório, primeira-dama do Estado da Paraíba, concedeu hoje uma entrevista ao programa Tambaú Debate, da Nova Tambaú FM (102,5 Mhz) e falou abertamente sobre alguns temas polêmicos da recente história da Paraíba. Ela comentou, por exemplo, o caso dos panfletos apócrifos em que o marido, Ricardo Coutinho (PSB), foi acusado de ter um pacto com o demônio, e também explicou o motivo pelo qual retuitou uma mensagem que falava sobre demissões de alguns profissionais de Comunicação depois do período eleitoral.
Limpeza na imprensa:
– É pública minha opinião sobre alguns profissionais da nossa imprensa, sobre o modo que eles trabalham. Eu, como jornalista, fico indignada quando um colega divulga uma informação sem uma fonte e nem escutar o outro lado. O pior: é gente que só trabalha com especulações. Cria um blog, diz que é jornalista e vive de criar mentiras e especulações. Eu falo o que eu penso como cidadã e como profissional. Não fui eu quem comecei isso. Todo mundo estava comentado sobre as mudanças que estavam acontecendo nos veículos e que ainda estão. Tenho observado isso. Fizeram uma tempestade num copo dágua. Eu retuitei uma informação de alguém da internet, disse "e aí, é limpeza?". Era algo como uma piada. Tinha um cara que falou de alguém que eu dizia que o trabalho dele era sujo e essa foi uma forma de dar leveza ao comentário, mas não deu. Todo mundo ficou comentando. Eu acredito que quando a imprensa se envolve dessa forma tão direta com o Governo, ela deixa de ser imprensa. A imprensa existe para informar e ser isenta. Você deve trabalhar bem a informação porque o comunicador é um educador social. Informação é coisa séria. Não posso deixar de criticar e sugerir coisas pela internet. O Twitter é meu espaço livre. Eu faço críticas e sugestões.
Panfletos apócrifos:
– Eu tive que fortalecer a fé e perdoar essas pessoas. Tem muita gente que comete enganos e julga sem saber. O que se pode fazer é perdoar. A equipe de campanha de Ricardo Coutinho soube lidar muito bem com essa informação, que é falsa. Ricardo tem muita fé. Até mais do que eu. Ele é muito forte. A postura dele foi muito bacana. Ele poderia dizer que era um homem de Deus, que não tinha nada a ver com a umbanda, mas ele perguntou por que as pessoas estavam discriminando as religiões afrobrasileiras.
Papel como primeira dama:
– Eu soube que a primeira-dama tem que atuar no artesanato, mas já era uma postura minha não me envolver tanto. Minha proposta é de focalizar no comitê de políticas sobre drogas e com o Cendac, que já são dois pepinos grandes. Sobre o artesanato, chamamos Sílvia Cunha Lima e algumas pessoas que trabalharam com ela e a gente espera que essas pessoas dêem continuidade a esse magnífico trabalho que ela fez. Não poderia ser outra pessoa à frente disso além dela. Me diziam que a primeira dama deveria ser a cereja do bolo. Eu não quero. Quero ser o recheio e dar consistência. Quero trabalhar e ajudar meu esposo e as outras pessoas que têm dificuldade de ter um contato com ele.
Projetos profissionais:
– Vou estrear um programa semanal na TV Tambaú. A proposta é de uma revista eletrônica para todos os públicos. Vai dar certo e vai ser um sucesso.
A atração que será comandada por Pâmela Bório tem data de estreia estipulada em 9 de abril.