Tomemos o caso da eleição para Presidente da República: são treze os candidatos. E o bom senso indica que, a esta altura, por tudo e por qualquer forma que se analise, somente quatro desses candidatos ainda podem alimentar chances de votação que os levem ao 2º turno.
Os outros nove candidatos, conforme pesquisas levadas a efeito por alguns institutos de reconhecida competência técnica nesses estudos estatísticos – e cujos resultados estão bem parecidos – juntos eles somam um percentual que, se não comprometidos com esses candidatos, poderiam muito influenciar na definição da segunda vaga para o 2º turno.
Mais detalhando: – tal como as pesquisas estão apontando, para o 2º turno estariam definidos os nomes de Bolsonaro e Haddad. Entretanto, se esses outros nove candidatos renunciassem às suas candidaturas, consequentemente liberando seus eleitores para votação em qualquer dos demais, tanto Ciro como Alckmin poderiam ameaçar a conquista do 2º lugar e credenciar-se ao 2º turno.
É lastimável, portanto, que pessoas que chegam a candidatar-se ao mais elevado cargo de nossa República não tenham o bom senso de concluírem não existir chance de dessa campanha saírem como vencedores! E o pior é que, como permanecem na campanha incompreensivelmente “sonhando” com uma vitória, atrapalham o processo eleitoral e podem até mudarem as expectativas do próprio eleitorado brasileiro. Explicando melhor: tem candidato que as pesquisas os colocam entre 3º e 4º lugares que, nas simulações de 2º turno, venceria de qualquer dos outros, face aos índices de rejeição registrados contra estes outros.
No entanto, não havendo – como não há – esse bom senso nem mesmo por parte de um Ãlvaro Dias, Marina e nem um Meirelles, poderemos eleger, no 2º turno, um Presidente da República nunca antes eleito com tamanho índice de rejeição.