A oposição à gestão "Chega de Conversa", do Diretório Central dos Estudantes da UFPB, denunciou, através de correspondência virtual encaminhada ao Parlamentopb, que um ato político realizado por estudantes da Universidade Federal da Paraíba culminou em agressões e roubo de equipamento eletrônico. Durante a manifestação, os estudantes exigiram a realização de novas eleições para o Diretório Central dos Estudantes (DCE), além da prestação de contas da entidade.
De acordo com o estudante Felipe Baunilha, “o início da manifestação ocorreu de forma pacífica, através da ocupação da sede do DCE e posterior diálogo com instâncias e entidades da Universidade, exigindo a realização de novas eleições e a prestação de contas do diretório”. Ainda segundo Baunilha, “no decorrer da manifestação, estudantes que fazem parte da atual diretoria do DCE iniciaram uma série de provocações e ameaças aos participantes da atividade”.
Ao término do ato, após a desocupação da sede do diretório, membros da gestão denominada “Chega de Conversa” teriam cercado o espaço físico da entidade e atacado os participantes da manifestação, roubando a câmera filmadora utilizada para o registro da atividade e agredindo os estudantes presentes.
Para o estudante Pedro Daniel, “são atitudes como estas que colaboram com o distanciamento e a apatia da comunidade acadêmica em relação à política e ao movimento estudantil. Espancaram um companheiro enquanto ele estava caído no chão, e ainda roubaram uma câmera com a fita que continha alguns momentos da manifestação”, explicou.
Os estudantes que realizaram a ocupação do DCE ainda encontram-se na universidade e garantem ficar em vigília até a manhã de hoje, quando será realizada uma Plenária Estudantil a partir das 11h, no Centro de Vivências, com o objetivo discutir as problemáticas enfrentadas pelos estudantes e demandas relacionadas ao Diretório Central dos Estudantes.
Histórico – Eleita em fevereiro de 2009, a gestão “Chega de Conversa” vem atuando a dois meses no Diretório Central dos Estudantes, mas é criticada pela oposição, que acusa não haver legitimidade do processo eleitoral. Finda em fevereiro deste ano, o grupo estaria se negando a desocupar a sede da entidade, além de não prestar contas da movimentação financeira dos últimos quinze meses. De acordo com o levantamento realizado pelos próprios estudantes, cerca de R$ 300.000,00 circularam pelo DCE sem que os alunos tivessem acesso ao destino e investimento do dinheiro.
A oposição ainda se queixa do presidente do DCE, Lucas Pereira, que seria candidato a uma vaga na Assembléia Legislativa pelo Partido Democratas e que estaria construindo sua campanha a partir da utilização do diretório estudantil.