Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

Opinião: Jornalista afirma que urna só deveria dar opções à democracia ou à fascistização

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Num novo artigo publicado neste domingo, 29, no ParlamentoPB, a jornalista paraibana Patrícia Albuquerque defende uma tese polêmica. Para ela, as eleições presidenciais deveriam ter apenas a opção de duas teclas para que os brasileiros escolhessem entre a democracia e a “fascistização”.

Contundente, Patrícia afirma que “confirma-se que a clareza causa ao presidente e seus asseclas o mesmo mal que a luz causa aos vampiros”.

Confira abaixo a íntegra do artigo de Patrícia Albuquerque.

Este ano, as urnas só deveriam ter dois botões para apertar.

 

Seria tudo mais claro, mais transparente.

O maior obstáculo desta ideia seria o fato de que clareza e transparência são ingredientes que não fazem parte do bolo favorito do fascista-mor que preside (preside?) nossa nação. A prova disso são os 89 mil reais depositados por Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro (aquela que agora roga de joelhos, em pleno ambiente “de trabalho” [para aqueles que trabalham, claro], para convencer os incautos que a figura divina tem alguma coisa a ver com as relações financeiras obscuras da sua família); a recusa do presidente em mostrar os resultados negativos de todos os exames a que se submeteu para detectar coronavírus (ele jura que deram negativo, mas nunca os tornou públicos); as 127 vezes em que pastores lobistas foram ao MEC e FNDE no governo Bolsonaro, inaugurando o escândalo do balcão de negócios do MEC (e o ex-anti-ministro da Educação, Milton Ribeiro, jura que não tem nada a dizer); a retirada do valor de 90 milhões de reais para comprar tratores e beneficiar aliados políticos – detalhe 1: este montante estava destinado a famílias pobres que sofreram com os graves impactos da pandemia; detalhe 2: os tratores foram adquiridos pelo Ministério da Cidadania sem critérios técnicos e descumprindo determinação do Tribunal de Contas da União – TCU – (e o ex-ministro da Cidadania, João Roma (pré-candidato ao governo da Bahia pelo PL), jura que não houve desvio de finalidade na utilização dos recursos). Bom lembrar, também que, para o seu cartão de vacinação, para o processo administrativo contra o ex-ministro da doença e da morte, Eduardo Pazuello, e para o caso dos pastores que teriam negociado recursos do MEC com prefeitos, o presidente decretou sigilo de 100 anos. Lembram? O bolo favorito dele não contém aqueles ingredientes que mencionei no início deste parágrafo.

Ah, que cabeça a minha, é tanto lixo advindo deste (des) governo que quase esqueço de comentar sobre as suspeitas de irregularidades na compra de caminhões de lixo por parte do governo federal – superfaturamento, compra de veículos acima da necessidade de algumas cidades.

“Um governo sem corrupção”, afirmam os seguidores desta seita que diz “amém” a todas as maluquices, atrocidades e vilanias dos que compõem o atual governo.

Diante de todos esses fatos, e de tantos outros que seriam exaustivos demais para se acomodar neste texto, confirma-se que a clareza causa ao presidente e seus asseclas o mesmo mal que a luz causa aos vampiros.

Que sejam nossos votos, então, holofotes de luz incandescente; armas nobres e potentes que nos conduzam a algum estado de normalidade sobre o qual possamos voltar a plantar sementes de esperança para colher grãos de prosperidade.

Àqueles que apertarão o botão da cor rubra no dia das eleições, confirmando que apoiam a fascistização e almejam fazer visitas a coveiros covardes nos próximos quatro anos, deixo a epígrafe de um dos capítulos do meu atual livro de cabeceira (adoro ser professora de alunos inteligentes que me permitem assaltar suas estantes pululantes de cultura – obrigada por este, Arlete – sempre soube que a leitura de Mia Couto era necessária; agora, tenho certeza).

“Se não creio em Deus?

Lá crer, creio.

Mas, acreditar, eu acredito é no Diabo.”

(Avô Mariano – personagem do romance “Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra”, de autoria do moçambicano Mia Couto)

PS: esta epígrafe abre o capítulo 12, cujo título é, não por acaso, o título deste texto: visita ao fazedor de covas;

PS2: para que mais eleitores apertem o botão verde e confirmem que querem viver numa democracia, a esquerda precisa parar de bater cabeça na área. Do contrário, o adversário, ardiloso e fraudulento que é, vai simular falta na área, o juiz (comprado) vai dizer que foi pênalti, e vamos entregar a vitória de mão beijada. Torço para que nem Deus, tampouco o Diabo, queiram um mal desse tamanho para a nossa nação!

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Arthur Urso leva “esposas” para passear sem roupa íntima na orla de João Pessoa

Professores da UFPB desistem de candidatura e apoiam Terezinha e Mônica

Anteriores

pbesportetotal

Entidades do esporte de alto rendimento assinam contratos do Paraíba Esporte Total

foccotce (1)

TCE assume coordenação do Focco-PB e presidente destaca importância do fórum

pastedecarnecomacusar (1)

Deputados aprovam pastel de carne com açúcar como patrimônio imaterial da PB

vacinaferreira (1)

Vacinação contra dengue é suspensa na Capital até que Ministério da Saúde envie novas doses

Aguinaldo Ribeiro, fonte Câmara dos Deputados

Lula defende Aguinaldo como relator da regulamentação da reforma tributária

Cícero Lucena em Mangabeira

Cícero confirma licitação para construir ponte ligando Mangabeira ao Valentina

Herman Benjamin, stj

Paraibano Herman Benjamin é eleito novo presidente do STJ

Cigarros eletrônicos

Vigilância Sanitária determina apreensão de cigarros eletrônicos em todo Estado

João Azevêdo programa

Governo inclui no PPP-PB construção de estacionamento vertical na Epitácio com 1.500 vagas

Acidente próximo ao viaduto do Forrock

Motociclista sofre parada cardíaca após acidente e é reanimado pela PRF na BR-230