Às vésperas do Dia das Mães e da conferência anual WWDC, quando a Apple geralmente apresenta os novos modelos de iPhone, as operadoras Claro, Oi e Vivo cortaram os preços do aparelho em até 37%. De acordo com alguns planos, o aparelho pode sair "de graça". Antes disso, em março, a TIM tinha feito uma redução que chegou a 57%.
O corte se deu após uma reunião da empresa com as operadoras e não representa um desconto sazonal, então não foi concedido em razão especial ao Dia das Mães. A redução ocorreu por uma correção que foi negociada em uma reunião entre a Apple e as operadoras.
Nesse encontro, a empresa de Steve Jobs conseguiu fazer com que todas as operadoras mudassem os valores ao mesmo tempo, com exceção da TIM, que já havia feito a correção no começo de abril – de acordo com a operadora, a queda no valor do iPhone foi de aproximadamente 10% em São Paulo. "Como a TIM está pagando menos pelo aparelho, repassou o desconto para os consumidores em todos os planos, inclusive no pré-pago", afirmou a empresa, por meio de sua assessoria.
Os descontos mais atraentes estão presentes nos planos pós-pagos. Mas no caso dos pré-pagos, apesar de não terem sofrido grandes alterações, alguns planos acabaram sendo barateados e, em alguns casos, as operadoras realizaram aumento de créditos nas contas dos usuários. De acordo com a assessoria da Vivo, a redução é uma “prática habitual de revisão e readequação do portfólio dos produtos comercializados pela operadora”.
Também por meio de uma nota, a Claro informou que mudou os valores para acompanhar a redução do mercado. A operadora diz que a diminuição de preço varia de 10% a 30%.
Os preços na Oi oscilam entre R$ 1.999 (iPhone 3G de 8GB) e R$ 2.799 (iPhone 3GS de 32GB). Agora, a variação é entre R$ 1.869 (iPhone 3G de 8GB) e R$ 2.649. A operadora deu créditos aos clientes, que agora têm R$ 2.100 e podem ser usados em 12 meses. Na Oi, a oferta vale até dia 31 deste mês.
Made in Brazil
No mês passado, a Apple passou a negociar com a Foxconn, que produz seus aparelhos na china, o uso de uma fábrica em Jundiaí (SP) para fabricar alguns de seus aparelhos no Brasil. A atitude pode ajudar a baratear os aparelhos no país.
A empresa tenta conseguir um Plano Produtivo Básico (PPB) para obter descontos em impostos na importação de insumos. Além disso, a Apple negocia com a Foxconn para que a fábrica receba uma linha exclusiva de montagem.
Trazer a montagem para o Brasil foi uma das formas encontradas pela Apple para combater a alta carga tributária sofrida com a importação dos produtos e, assim, dar um up nas vendas no país.
AdNews com informações da Folha de S.Paulo