De 2014 até 2018 a Prefeitura Municipal de Cabedelo movimentou R$ 170 milhões, segundo informações divulgadas pela Controladoria Geral da União (CGU) durante a coletiva sobre a quinta fase da Operação Xeque-Mate deflagrada nesta terça-feira (8). Desse montante, aproximadamente 12 milhões teriam ficado entre 11 empresas de cunho familiar, que simulavam licitações.
Israel José Reis de Carvalho, da CGU, disse que os R$ 170 milhões são recursos para a Saúde de Cabedelo, para aquisição de medicamentos, onde parte dele, pelo menos R$ 60 milhões, são repasses do SUS e a outra parte são recursos do município destinado à Saúde.
Entre os alvos da Polícia Federal hoje estavam o ex-deputado federal André Amaral Filho e o seu pai André Amaral, além de duas empresas, uma com sede na Paraíba e outra em Pernambuco.
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A quinta fase da Operação Xeque-Mate teve como objetivo angariar elementos de prova relacionados à prática de crimes e desvios de recursos públicos federais destinados à aquisição de medicamentos pela Prefeitura de Cabedelo.
A operação contou com a participação de 50 Policiais Federais, sendo realizado o cumprimento de 8 mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e nas empresas contratadas pela Prefeitura de Cabedelo, para fornecimento dos medicamentos.
Os investigados poderão responder pelos crimes de formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e fraude licitatória, previstos, cujas penas, somadas, poderão chegar a mais de 30 anos de reclusão.