O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco) e a Polícia Civil da Paraíba desencadearam, na madrugada de hoje, uma operação para desbaratar uma associação criminosa formada por narcotraficantes que atuava em vários estados brasileiros. Sessenta e três mandados e prisão e três mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos na Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Rondônia.
Na Paraíba, os mandados estão sendo executados em sete municípios: João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Sapé, Guarabira, Rio Tinto e Baía da Traição. Trinta delegados de polícia da Paraíba estão liderando as equipes de execução com o apoio da Polícia Militar. Nas áreas indígenas, os delegados estão sendo acompanhados pela Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária Federal. Ao todo, cerca 300 policiais estão participando da operação intitulada “Quark”.
A prisão dos envolvidos foi decretada pelo juízo da 2ª Vara da Comarca de Sapé (no Brejo Paraibano). Os pedidos de prisão e de busca e apreensão foram feitos pelo delegado da Polícia Civil Állan Murilo Terruél, que preside o inquérito policial que deu origem à ação.
Os alvos investigados deverão ser presos temporariamente por 30 dias e serão indiciados pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico ilícito de entorpecentes.
Investigações – As investigações sobre a suposta existência de uma rede de tráfico de substâncias ilícitas na cidade de Sapé iniciaram no ano passado. De acordo com a coordenação do Gaeco, o curso das investigações não só confirmou este fato, como revelou uma cadeia maior do que se supunha, havendo, além de uma estrutura organizada, uma macroestrutura a serviço do tráfico de Sapé e cidades circunvizinhas.
A quadrilha desbaratada envolve, além de transportadores e depositários de drogas, fornecedores interestaduais e presidiários. Estes últimos negociavam entorpecentes através de contatos telefônicos, muitos deles utilizando chips de celulares tipo empresa.