A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou hoje de manhã uma operação contra estelionatários que se passavam por ministros do governo Lula. Os agentes cumprem oito mandados de busca e apreensão em João Pessoa e Recife (PE).
Os estelionatários clonaram os perfis de ao menos seis ministros: Juscelino Filho (Comunicações), Camilo Santana (Educação), Renan Filho (Transportes), Rui Costa (Casa Civil), Luiz Marinho (Trabalho) e Carlos Lupi (Previdência Social).
A investigação apurou que o grupo criminoso clonava perfis de WhatsApp, usando nomes, fotos e informações públicas dos ministros, como a agenda das autoridades. Com a fraude, enganavam outras pessoas, prometendo o que não podiam e pedindo uma quantia em troca.
As vítimas eram preferencialmente diretores e presidentes de órgãos públicos e privados, que entravam em contatos com os falsos ministros pedindo alguma ajuda, como verba pública para alguma emergência.
Geralmente, os estelionatários alegavam que os ministros não poderiam transferir o valor diretamente, pois não poderiam vincular seu nome a tal pessoa, e que depois de feito o pagamento pedido eles iriam ressarcir a vítima. Mas havia outras formas de enganar as vítimas.
Em um dos casos, o bando se passou por um ministro e contatou o presidente de uma associação comercial do interior de São Paulo dizendo que estava com uma demanda na cidade vizinha. Em seguida, disse que uma pessoa ligada a ele morreu em tal local e que precisava passar alguns recursos financeiros para a família, mas não estava conseguindo efetivar a transação financeira e pedia para que alguém da associação fizesse por ele, prometendo a devolução do valor. Tal ministro teve um compromisso político naquela mesma região dias antes, e a associação comercial vítima participou do encontro.
Golpista pediu dinheiro via PIX em nome de ministro
Em janeiro, no primeiro mês do governo Lula, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés (PDT), foi vítima de fraude no WhatsApp. Um perfil se passava pelo chefe da pasta para aplicar golpes.
O golpista tentou ganhar dinheiro com transferências no PIX se passando pelo pedetista. A Polícia Federal passou a investigar o caso.