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O silêncio e as palavras

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Poucas pessoas se dão conta de como a sabedoria e prudência têm suas raízes no silêncio. Não é por acaso que o dito popular eternizou o célebre provérbio: “quem muito fala, muito erra”. Com certeza, saber ficar calado, quando o silêncio é estratégico, é condição sine qua non, para uma vida melhor.

De todos os órgãos do corpo humano, a língua é um dos menores, muito lembrada quando o assunto é degustação de uma boa comida ou os beijos de uma forte paixão. Mas a língua é mais do que sensibilidade, ela é força de vida ou de morte. A Bíblia nos afirma que “a vida e a morte estão no poder da língua”. Por isso, tão importante quanto saber falar, o é também saber guardar silêncio.

Quando, então, é preciso estar calado?

Quando as palavras comprometem nossos sentimentos e ferem pessoas a quem amamos. Palavras penetram como se fossem espadas afiadas. Elas perpassam o coração e abrem feridas enormes, deixando suas marcas na alma; às vezes, para sempre! Quem ama não agride, ainda mais com palavras. Quantos casais e famílias vivem relacionamentos superficiais, inseguros e cheios de culpas, por conta da insanidade e do veneno de muitas palavras pronunciadas desnecessariamente.

Saber calar é fundamental quando os ânimos de uma discussão ficam exaltados e a irracionalidade confere ao comportamento humano um perfil animalesco. Diz um ditado popular: “quando um não quer, dois não brigam”. Quando a conversa caminha para uma discussão estéril, onde as pessoas se agridem gratuitamente, ou ainda, aproveitam para externalizar seus ódios, rancores e ressentimentos reprimidos, é o momento de saber calar. Muitos já perderam a vida, porque não prenderam a língua. A ira externalizada por meio de palavras é uma arma muito perigosa. É combustão pura!

A prática do silêncio aperfeiçoa a arte de escutar. Ouvir e escutar não são a mesma coisa. Escutar envolve o coração e todos os bons sentimentos que emanam dele. Quem escuta respeita a quem fala, reflete sobre as diferenças de opinião, confere sentido às palavras dos outros. É preciso escutar a voz dos filhos, dos pais, do cônjuge, dos amigos, dos mais velhos, e também de Deus através de suas várias formas de linguagem. Escutar só é possível quando nossa língua silencia. A Bíblia nos ensina: “todo homem bom seja tardio para falar, pronto para escutar”.

É bem verdade que, muitas vezes, somos expostos a situações que nos tiram do sério, nos deixam atônitos e acabamos falando o que nunca queríamos dizer. Mas isso tem que ser vencido pelo exercício do falar diferente, abençoador e amoroso, verdadeiro e pacificador; e especialmente pela prática do silêncio estratégico.

Saber calar é uma maneira de semear a paz e a confiança ao nosso redor, ainda que silenciosamente. Como isso é possível? Não provocar a ira a ninguém; evitar todo tipo de crítica destrutiva; não afirmar nada, sem profunda certeza; jamais fazer pré-julgamentos; fugir de toda e qualquer fofoca; jamais proferir para si e para outrem palavras de maldição. Diz-nos a sabedoria bíblica: “vossa palavra seja temperada com sal”.

Manter o silêncio não implica uma postura de passividade diante da vida, e nem das pessoas. Não é abrir mão de seus direitos escondendo o medo atrás de um silêncio patológico. Saber calar, neste contexto, é a arte de saber viver. Muitas vezes o silêncio é o amálgama que sedimenta os relacionamentos, preserva o presente de muitos males e, sobretudo, projeta um futuro de paz. Silêncio, também é vida!

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