O seu demônio
Mantenha fechado, trancado numa caixa, mas não o perca de vista.
Olhe pra ele de trás pra frente, de cima pra baixo, de dentro pra fora.
E mude de direção.
Converse sobre ele nas suas orações. O apresente a um terapeuta.
Ilumine o danadinho. Ele cresce no escuro.
Não o alimente.
O bicho é doido por mau pensamento e língua ferina.
Vida alheia é prato cheio.
Não leve seu demônio pra passear.
Não deixe seu demônio confrontar o demônio do outro.
“Namastê”
Falando nisso, mantenha seu demônio longe do meu.
Deixa quieto.
No trânsito,
no jogo,
na rede social,
no trabalho,
no grupo de família,
Não deixe o seu demônio responder por você.
O seu demônio primeiro vai fazer mal ao outro
Fofoca, xingamento, puxada de tapete, indireta, traição, vantagem.
É um bicho de sete cabeças… ira, inveja, vaidade, orgulho, preconceito, vingança, intolerância… e cada cabeça coroada se multiplica por sete…
E nunca, nunca se iluda: demônio é demônio, garboso infante.
E mesmo todinho seu, o seu demônio, é pra você que ele prepara a armadilha.
É a você que ele apunhala no final.
P.S. esse diabinho da foto eu trouxe de Veneza. Minha mãe quando viu: “ai meu Deus, tá amarrado”! Ele tá “às minhas vistas” num cofre de vidro…