“É por causa de Deus que os comunistas odeiam nosso Presidente”. A frase é de um apoiador do presidente da República. Ela revela o óbvio que muitos preferem esconder ou relativizar.
Primeiro, porque todos os adversários do presidente não são comunistas, muitos são liberais e ex-apoiadores, inclusive. Segundo, porque não são todos os adversários que semeiam o ódio.
Fazer oposição ao presidente, para muitos, é um compromisso histórico, não apenas com o presente, mas sobretudo com o futuro do país.
Eles, os apoiadores radicais do presidente, não são loucos, não são doentes, não são fanáticos. Eles são desonestos mesmo. Cruéis, perversos.
Na pregação deles não há solidariedade, empatia, compaixão, respeito, justiça social. Há divisão, discriminação, preconceito, segregação.
Usam o tempo inteiro o nome de Deus não por motivação espiritual ou religiosa, mas por motivação política e eleitoral. E até financeira.
Eles estão no topo do poder e não querem sair. Eles odeiam o contraditório, eles não são conservadores. Eles são reacionários. Não fazem o que pregam. São a reencarnação do falso-moralismo. São medievais.
Seremos nós, os adversários do presidente, os santos, os puros, então? Obviamente, não. Também temos os nossos pecados, as nossas culpas. Mas não somos nós os juízes da inquisiçâo, que ateiam fogo nos opositores, baseados em mentiras e notícias falsas. Eles são os “cidadãos de bem”. E nós somos os do mal, segundo eles.
Mas tudo passa, é só questão de tempo. O Brasil vai se livrar das trevas. O nosso povo, a gigantesca maioria, é essencialmente luz, jamais se perderá na escuridão.
Se esse presidente for obra divina, certamente é a maior penitência da história do Brasil. Sobreviver a ele é reencontrar-se com Deus.