Nenhum ser vivo em sã consciência já passou por isso. Um inimigo invisível, mutante e que não escolhe quem atacar. Qualquer um é a vítima perfeita para ele, um vírus que teve seu nome escolhido pela sua forma, a de uma coroa.
O mundo se curvou a ele. Uma a uma, as nações foram forçadas a mandar para casa seu povo. A economia foi deixada em segundo plano. Era o momento de preservar as vidas e como não há remédio e nem vacina, muito menos estrutura hospitalar, a saída não poderia ser outra senão a de não sair de casa.
E quando for possível voltar ao convívio com a sociedade, com o mercado, com o emprego, para onde for, não será mais como antes, nunca mais! Um novo costume vai tomar conta de todos nós. Os valores serão revistos, o ter talvez não tenha mais tanta prioridade, o ser vai aumentar de tamanho, torço por isso!
E nos condomínios, quando vamos voltar a ter uma “normalidade”? Quando for possível, não creio que essa “normalidade” seja tão normal como estávamos acostumados. As convenções terão que ser revistas, as regras de convívio terão que ser adaptadas e os poderes do síndico, mais definidos.
Sobrevivendo, creio que será esse o nosso “novo normal”.