Vem de Campina Grande a situação política mais estranha do mundo.
Os burburinhos de um distanciamento entre o deputado federal Romero Rodrigues e o prefeito Bruno Cunha Lima só aumentam.
Isso porque é inegável que Romero e Bruno não têm mais a mesma sintonia. O ex-prefeito não tem sido visto nos eventos da prefeitura de Campina Grande e muito menos tem sido chamado a participar das costuras politicas que estão sendo feitas para as eleições do ano que vem. Ao contrário, o que se vê é uma aproximação do atual prefeito com o adversário ferrenho, Veneziano Vital do Rêgo.
Diante dessa crise que era improvável, o grupo do governador João Azevêdo, que não tem candidato a prefeito em Campina, está tentando capitalizar. Os emissários não cessam de sinalizar que Romero seria bem-vindo no grupo e que poderia ser o candidato a prefeito contra Bruno em 2024 e com o apoio do chefe do executivo estadual.
Impossível? Improvável?
Ora, a política paraibana já viu tantos cenários surreais virarem realidade, que esse também não pode ser descartado.
Obviamente, seria preciso muita inabilidade de Bruno deixar que Romero migrasse para o lado do adversário.
Precisamos lembrar que em 2020, com aprovação alta e cumprindo seu segundo mandato, Romero Rodrigues escolheu Bruno Cunha Lima como seu sucessor. A disputa interna no grupo incluía também Tovar Correia Lima.
Agora, caso as improbabilidades superem o razoável poderíamos ter o criador, Romero, disputando contra a criatura, Bruno. Com o cacife eleitoral do deputado, esse seria o pior pesadelo e a maior ironia que Bruno poderia enfrentar.