Vamos falar de política! Me abstendo das preferências que tenho, gostaria de expor aqui alguns pontos que devem ser considerados por todos nós, cidadãos brasileiros. O intuito deste comentário não é indicar este ou aquele nome, mas fazer uma análise breve do cenário de polarização política-eleitoral que nos encontramos.
Você, que odeia Lula e até suporta Bolsonaro, votaria em Ciro Gomes? Você, que odeia Bolsonaro e até tolera Lula, votaria em João Dória? No segundo turno, contra o que você odeia, talvez. Não foi? Ai é que está! Mas para evitar que aquele que você odeia ganhe, já no primeiro turno, você vota no que ‘suporta’!
É por isso que se torna tão difícil uma terceira via em um cenário com Bolsonaro e Lula. Lula tem 40% das intenções de voto para 2022 e Bolsonaro 24% de acordo com a pesquisa da XP/Ipespe realizada em 17 de agosto deste ano.
Ou seja, são 64% de eleitores ocupados e o restante dos eleitores divididos entre vários candidatos, mas nenhum capaz de ser hegemônico entre esse grupo se for candidato único. Ou você acha que um eleitor de João Dória votará no Ciro Gomes e não em Bolsonaro? Ou um eleitor de Ciro e Marina votaria em João Dória e não em Lula?
Não adianta ser o ‘candidato que ganha de todo mundo no segundo turno’, se não chegar no segundo turno, obviamente. E para isso, o centro precisa de um nome anti-Bolsonaro e anti-Lula.
Mais do que nunca está claro enxergar que o brasileiro tem optado por sair dos extremos, e que os senhores candidatos devem pensar da seguinte forma: escutam os anseios de seu potencial eleitorado, ou entram na dança e dão espaço considerável ao centro para ‘conquistar o coração’ dos votantes.