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O buraco é mais embaixo

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Quando é que vocês vão se conscientizar de que a sucessiva crise econômica, política e moral brasileira não é “herança maldita” dos 13 anos do PT e sim dos 518 anos do Brasil?

A disputa doentia entre esquerda e direita, que se transformou em um grande ringue nacional, não vai nos levar a lugar nenhum. É crucial sairmos da superfície da crise do Brasil e nos concentrarmos em suas raízes.

De 2014 a 2018, é uma crise atrás da outra. Não há país que suporte tanta instabilidade, tanta indefinição, tanto mimimi. O resultado dessa sucessão de crises é o cenário atual. O país está, mais uma vez, parado.

O mais recente episódio é a greve dos caminhoneiros. Faltam combustíveis nos postos, preços nas alturas, escolas sem aulas, voos cancelados, corrida ao supermercados, um verdadeiro clima de guerra. Até Forças Armadas nas estradas há. O Brasil não apenas parou. Deu marcha a ré.

Estamos pagando o preço da irresponsabilidade criminosa e da disputa de poder iniciada pelo sub-vitorioso Aécio Neves, quando perdeu as eleições para Dilma em 2014. Foi ali onde tudo começou.

E o pior: a crise política criada pelo derrotado Aécio e seus comparsas, entre eles Eduardo Cunha e Michel Temer, era tudo uma farsa, assim como o próprio Aécio, como o tempo e os grampos da polícia nos mostraram. Agora, o “salvador da pátria” é réu da justiça em processo de corrupção. Cunha está na cadeia, e Temer ainda está livre das grades.

Com dois pesos e duas medidas, o povo que votou em Aécio caiu no conto dos vigaristas e foi às ruas dizer que todos os problemas do Brasil eram culpa do PT e de Dilma. E era preciso exterminar os corruptos do poder. Miraram nos corruptos do PT, mas não conseguiram ver os do PSDB. E esse povo acabou servindo apenas como alegoria do golpe. Nada mais que isso.

A crise brasileira não está na superfície. Está nas raízes da construção do país. Repito. Ou resolvemos as bases, o alicerce, ou viveremos eternamente perto ou no fundo do poço. Atolados no petróleo.   

A crise dos combustíveis é também decorrente de uma crise conceitual. O Brasil precisa decidir, de uma vez por todas, se a Petrobras está a serviço do lucro (mercado/acionistas) ou do interesse público (consumidor/povo). De Vargas a Temer, a incerteza se arrasta. A gangorra permanece. E apenas o povo paga a conta. Como sempre.

Detalhe importante: não podemos esquecer que a privatização não é a salvação da lavoura, necessariamente. Até porque a empresa não é 100% estatal hoje. Acho, inclusive, que vender não é a solução. A Telebras foi privatizada com a promessa de que teríamos preços baixos. Assim chegaram Telemar, Tim, Claro, Oi, Telefónica e Vivo. E mesmo assim o Brasil tem hoje uma das telefonias mais caras do mundo.

Não terceirizemos a culpa, portanto. O pior do Brasil não é a classe política. É a inércia do brasileiro. Simples assim.

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