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O amor e sua fluidez nos nossos dias é o mote de ‘Paris, 13º Distrito’

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O amor é o tema mais banal na literatura, na música e no cinema, além de inspirar diversas outras manifestações artísticas. O longa-metragem do francês Jacques Audiard não foge à regra. Exibido em Cannes no ano passado, com prêmio de Melhor Trilha Sonora para o produtor musical Rone, ‘Paris, 13º Distrito’ (2022, 1h45) entra cartaz em salas de cinema no Brasil a partir desta quinta-feira, dia 28, distribuído pela Califórnia Filmes. O filme também foi indicado a seis categorias do prêmio César: roteiro adaptado, trilha sonora, fotografia, atriz promissora (Lucie Zhang) e ator promissor (Makita Samba).

O amor é o mesmo de décadas e séculos passados? É um sentimento universal e expresso da mesma forma em diferentes culturas e gerações? Não são exatamente questões propostas pelo filme, mas parece suscitá-las. A questão afetiva abordada por Jacques Audiard em ‘Paris, 13º Distrito’ através do quadrilátero amoroso entre três garotas (Émilie, Nora, Amber) e um rapaz (Camille) pode chocar os conservadores mas é banal entre os jovens adolescentes de hoje. E que bom, estamos evoluindo.

A bela Émilie (Lucie Zhang) subloca um quarto para Camille (Makita Zamba), jovem e belo professor negro, por quem se apaixona depois de seguidas noites de sexo. Camille, por sua vez, descarta um relacionamento formal e os dois ficam em permanente atrito até que Camille deixa o apartamento de Émilie e acaba se envolvendo com Nora (Noémie Merlant), uma jovem estudante de Direito envolvida num mal entendido nas redes sociais. Nora é confundida com a stripper Amber (a cantora e musicista Jehnny Beth) que atende clientes online. Reconhecendo a semelhança, Nora vira cliente e as duas se envolvem. 

Das histórias do instigante quarteto, o affair Nora-Amber é de longe a mais interessante. Com dificuldades no sexo com Camille, Nora encontra na sensual Amber o afeto que procura. Na era do sexo fast-food dos aplicativos Tinder (teoricamente para candidatos a relacionamento sério e duradouro) e do Grindr (público homossexual masculino), os encontros e desencontros do quarteto soam bem naturais e sem exageros. As relações são fluidas, os amantes de ‘Paris, 13º Distrito’ têm dúvidas e medos e o universo afetivo-sexual é um laboratório de experimentações. Primeiro um bom sexo e depois se vê no que vai dar. É a regra. Quem aspira a um amor romântico estará sempre em desvantagem nesse jogo. 

Jacques Audiard (69 anos) é um veterano do cinema francês, tendo colecionado prêmios e indicações ao César, no Festival de Cannes e de Veneza. Começou com o César de Melhor Primeiro Filme por ‘Regarde les hommes tomber’ (1994). Em 2002 recebeu nove indicações ao prestigiado Prêmio César do cinema francês com ‘Sobre meus lábios’, seu quarto filme como diretor e roteirista. O filme recebeu três Césars. Mas com ‘De tanto bater, meu coração parou’ (2005) recebeu 10 indicações ao César e levou oito prêmios: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor Filme Musical e Melhor Fotografia. Mas o prêmio mais cobiçado, o Grand Prix em Cannes, veio com ‘O profeta’ (2009), seguido de um prêmio BAFTA e nove Césars. 

Neste ‘Paris, 13º Distrito’, bairro de Paris que dá título ao filme, o diretor assina o roteiro com Léa Mysius (33 anos), que está bem mais próxima do universo retratado e que, talvez, tenha atualizado Autiard sobre esses novos tempos e as novas regras do jogo do amor, onde a incerteza e a desilusão são a tônica. Émile, Nora, Amber e Camille vivem o presente, experienciando o que vier, positivamente sem culpas, em constante processo de autodescoberta. A parceria de Autiard com uma jovem roteirista, seguramente imprime à narrativa uma leveza e uma dose fina de humor, digamos, feminina.

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