O incêndio da Catedral de Notre Dame, em Paris, chocou o mundo e foi um duro golpe em um ícone da arquitetura mundial. A reconstrução deve começar em breve e segundo uma matéria publicada na revista de tecnologia “Wired” (www.wired.com), vai utilizar o resultado de um trabalho realizado em 2015. Naquele ano, Andrew Tallon, especialista em historia da arte já falecido, teve a ideia de “digitalizar (através de escaneamento utilizando tecnologia de lasers) de toda a catedral (interior e exterior) mais famosa da França”. A partir dessa digitalização foi possível construir uma “maquete tridimensional da Notre Dame” extremamente detalhada e precisa que servirá de modelo para a reconstrução, nos mínimos detalhes, do que foi destruído pelo fogo.
“Martech”
De forma semelhante ao termo “Fintech”, formado pela união das palavras em inglês financial (financeiro) e technology (tecnologia) e que designa Startups que trabalham para inovar serviços ligados ao sistema financeiro, o termo “Martech” surgiu da união das palavras “marketing” e technology e de forma também análoga, refere-se a Startups que “aliam a tecnologia com o marketing” e são focadas em serviços de marketing digital. Ou seja, é o “novo modelo” das Agências de Publicidade e que estão impactando a forma como as campanhas publicitárias são feitas nos dias de hoje, em sua esmagadora maioria realizadas via redes sociais e anúncios em sites da Internet (o marketing digital). Hoje as campanhas publicitárias são baseadas em milhões de dados (informações) providos pelos consumidores, a chamada “inteligência de mercado e experiência do consumidor digital”. Não basta ter uma ótima ideia para um “slogan” de campanha publicitária, o profissional de marketing dos dias atuais precisa entender e usar tecnologia, para, por exemplo, “tirar” o máximo de resultado das redes sociais. E mais, as Martechs não estão concorrendo somente entre si, empresas como Google e Facebook, por exemplo, disponibilizam serviços de marketing digital e tem com este tipo de serviço a maior parte de seu faturamento.
Com custo
Parece até perseguição. A União Europeia, através da nova legislação de direito autoral recentemente aprovada, vai obrigar o Facebook e o Google “pagar por conteúdo publicado em suas plataformas”. Lembrando que, as duas empresas são alvo de processos com base na também recente, legislação europeia de proteção de dados pessoais. O objetivo desta nova “Lei de Direitos Autorais”, segundo informou a presidência da Comissão Europeia, “é garantir remuneração adequada aos criadores de conteúdo (texto, imagem e vídeo), direitos para usuários e responsabilidades para as empresas”. Um ponto que gerou e vai continuar gerando muita polemica, é a parte da lei que determina “responsabilidade das empresas pela violação de direitos autorais (referentes a vídeos, imagens e áudios utilizados em memes, por exemplo) em mensagens que circulem no Facebook, Google, Instagram, etc” e que podem gerar demandas judiciais. A única boa noticia para as empresas é que a lei vai valer só a partir de 2021.
Europa e Dados Violados
Ainda com o tema “Europa”, o escritório de advocacia sediado na Inglaterra, “DLA Piper” especializado em “direito digital”, fez um levantamento sobre “o número de violações de dados nos países que compõem a União Europeia”, mostrando o impacto da nova GDPR (Lei De Proteção de Dados Europeia), no período compreendido entre o dia 25 de maio de 2018 (data de inicio da nova versão da lei) até o final do mês de janeiro passado. Pelo relatório, denominado de “GDPR Data Breach Survey: February 2019” (GDPR Pesquisa de Violação de Dados: Fevereiro 2019), no período estudado foram “recebidas 59.430 notificações de violações de dados, referentes principalmente a vazamento de informações pessoais, endereçamento errado de e-mails e falhas de segurança de provedores de Internet”. Deste total, segundo ainda o relatório, foram “aplicadas punições em 91 casos”, sendo a maior multa aplicada, no valor de 50 milhões de Euros por autoridades francesas, ao Google, devido ao “tratamento sem autorização de dados para fins publicitários”. A maior parte das notificações teve origem na Holanda, Alemanha e Reino Unido. Só lembrando que uma legislação semelhante à europeia, foi aprovada no Brasil e entra em vigor em agosto do ano que vem.