Angélica Lúcio

Angélica Lúcio é jornalista, com mestrado em Jornalismo pela UFPB e MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atualmente, atua na Comunicação Social do HULW-UFPB/Ebserh como jornalista concursada.
Angélica Lúcio

Notícias incompletas não me interessam

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Instagram é casa alugada – e outras redes sociais também – dizem os especialistas. Talvez por isso muitos sites e blogs entreguem aos leitores apenas uma parte da notícia, para que eles busquem os detalhes “no link que está na bio” e visitem a bendita “casa própria”. Geralmente, a informação que interessa de verdade ao internauta está acessível apenas a quem responder ao apelo do “saiba mais”.

Ora, a maioria das pessoas não tem tempo (ou interesse mesmo) de checar o tal do “saiba mais”. Com isso, a estratégia do veículo dá em nada. Ou melhor, dá sim: mas não o objetivo pretendido. O resultado é a insatisfação do usuário, que geralmente busca outro perfil para obter a notícia completa.

Dados da Comscore, consultoria americana de análise de mídia, mostram que o Brasil lidera o consumo de notícias on-line na América Latina. A pesquisa ainda revela que o Instagram é a rede social favorita dos usuários para interagir com conteúdo noticioso. Há um mundo de leitores a se atingir nas redes sociais, e entregar notícias bem feitas é o mínimo que o internauta pede.

Os brasileiros passaram a consumir mais notícias pelas redes sociais em função da pandemia de covid-19, apontam os especialistas e também as pesquisas sobre o tema, como a que citei anteriormente. Tal comportamento evidencia a importância de fontes confiáveis. E de veículos que entreguem ao leitor informações completas; no mínimo, um lead bem feito (o quê, quem, quando, onde, como…).

Eu, por exemplo, quando vejo postagem de um veículo nas redes sociais e sinto que fiquei bem informada, logo tenho vontade de compartilhar a notícia lida. Mando a matéria para amigos pelo WhatsApp, pelo direct e até publico nos stories. Mas se acho a notícia “fraca”, digamos assim, pouco a pouco vou deixando de acessar aquele perfil…

Apesar de comumente usada, a estratégia da notícia incompleta mais atrapalha que ajuda. É clickbait. É isca: uma forma de enganar o leitor, para que ele acesse um blog, um site, um portal, visando a aumentar o tráfego para tais espaços. Notícia incompleta é desserviço e falta de compromisso com o usuário. Além do mais, se for um fato que já circula amplamente por aí, o ideal é que você entregue logo a informação redondinha e tente chamar a atenção do internauta de outra forma. Pense nisso!

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