A denúncia feita pelo primo do advogado Manoel Mattos, Absom Mattos, a respeito do suposto envolvimento do deputado federal Manoel Júnior (PMDB) na execução de um vereador (José Barros) em Pedras de Fogo, continua rendendo polêmica. Ontem, no Rádio Verdade, o jornalista Nonato Bandeira, secretário de Comunicação Institucional da Paraíba, negou que tenha qualquer relação com a divulgação do fato, levado a público durante uma participação de Absom, por telefone, na Rádio 98 FM. Em resposta à acusação, Manoel foi ao ministério da Justiça e à Polícia Federal pedir a apuração de supostas ameaças ao rapaz e atribuiu o episódio a "uma armação" do Governo do Estado.
– Me causou extrema surpresa o deputado Manoel Júnior nos atacar em um assunto que até então desconhecia por inteiro até o deputado trazer à tona. É lamentável que sempre que ele seja acusado de alguma coisa, em João Pessoa, Pedras de Fogo ou em Brasília, ele sempre culpa Ricardo Coutinho. É uma obsessão dele. Qualquer acusação, venha de onde vier, é atribuida ao governador. Lembro que na CPI da Pistolagem envolveu o nome dele, ele também fez esse tipo de insinuação. Eu sequer conheço esse cidadão que disse que fez a acusação de que ele teria pago para assassinar um vereador. Eu não transito no submundo do crime. Nem eu e nem o governador transitamos no baixo clero ou no submundo de Brasília e nem da pistolagem. Se o nome dele foi envolvido na CPI da Pistolagem, na qual Luiz Couto era relator, e agora volta com a testemunha da morte de um sindicalista, o que é que Ricardo Coutinho e eu temos a ver com isso? Acho que ele deve se defender e não ficar procurando bode expiatório para explicar suas companhias. Eu coloco à disposição meu sigilo telefônico. Pode ficar à vontade porque eu não sei nem quem é.
Nonato Bandeira acrescentou que considera "democrático" o fato de Manoel Júnior ter seu nome lançado como candidato a prefeito de João Pessoa pelo PMDB.