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No 1º debate, presidenciáveis fogem de polêmicas

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Temas espinhosos –que foram motivo de polêmica durante a campanha e a pré-campanha e que poderiam provocar discussões mais acaloradas entre os candidatos– não foram citados ao longo das duas horas de debate.

Do lado tucano, a suposta relação entre o PT e as Farc, a tentativa de montagem de um dossiê contra o vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, e as relações entre os governos do Brasil e do Irã não foram usadas por José Serra.

O problema da segurança em São Paulo, uma possível vulnerabilidade do candidato tucano, que governou o Estado entre 2007 e março deste ano, também não foi abordada por Dilma Rousseff, candidata do PT.

Um dos temas de vulnerabilidade aos dois lados também ficou na gaveta, mesmo nas intervenções de Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL): os mensalões do PT, revelado em 2005, e o do DEM, no governo do Distrito Federal, principal aliado de Serra, que veio a público no ano passado.

Dos temas mais recentes, apenas o caos aéreo foi levantado, mesmo assim brevemente, em resposta de Serra a uma pergunta de Dilma, ainda no começo do debate. Sem citar a Gol, companhia aérea pivô da crise, disse que 19 de 20 aeroportos brasileiros estão com capacidade saturada.

Nos temas econômicos, a sobrevalorização do real frente ao dólar e a discussão sobre a autonomia do Banco Central também foram "esquecidas" pelos postulantes ao Palácio do Planalto.

Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal cabo eleitoral de Dilma Rousseff, só passou a ser citado nominalmente pela candidata petista após uma hora de debate, no terceiro bloco do programa.

"Eu considero o presidente Lula foi sem dúvida alguma um dos melhores presidentes que o país teve", disse a candidata, ao formular uma pergunta para Serra.

O tucano, seu principal adversário, a acusa de se escorar na alta popularidade de Lula para se viabilizar eleitoralmente.

O tucano, por sua vez, citou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao dizer, no primeiro bloco do debate, que o Bolsa Família é derivado de outros programas criados na gestão tucana e que um dos coordenadores da campanha de Dilma, Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, "elogiou durante vários anos a política econômica" de FHC.

Promessas

Sem ataques pessoais e com temas polêmicos excluídos da discussão entre os presidenciáveis, as promessas acabaram ganhando espaço no debate.

No entanto, nada de novo surgiu. Todas as propostas já haviam sido anunciadas antes, e foram apenas reiteradas. Serra, por exemplo, voltou a prometer a criação do Ministério da Segurança Pública, a criação de um milhão de novas vagas em escolas técnicas e a construção de 154 AMEs (Ambulatório Médico de Especialidades) em todo o Brasil.

Dilma voltou a prometer a construção de 500 UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento), a criação de 6.000 creches, além de defender o modelo de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) adotado no Rio de Janeiro.

O clima ameno do debate não provocou nenhum pedido de direito de resposta pelos candidatos. A plateia –formada pelo staff político dos presidenciáveis e que costuma se manifestar em debates, gerando repreensão dos debatedores– foi notada pelos telespectadores uma única vez.

Diante da recorrência da temática da saúde nas intervenções de Serra, que usa sua passagem pelo Ministério da Saúde como capital eleitoral, Plínio de Arruda Sampaio –franco-atirador e, por isso, o mais à vontade– disse que o tucano era "hipocondríaco, porque só fala de saúde", arrancando risos da plateia.

As biografias dos candidatos –mais um ponto de polarização entre Dilma e Serra– acabou sendo mais explorado por Marina Silva, que, em duas oportunidades, falou de sua origem humilde.

Folha Online

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