O juiz Aloízio Bezerra e o promotor Amadeus Lopes vão dar prosseguimento, na segunda-feira, 18, às 14 horas, à série de depoimentos do Caso Guilherme Almeida. Serão ouvidos, entre outros depoentes, o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho e a advogada Nadja Palitot, pivô da crise que ensejou o pedido de desligamento de Guilherme do PSB.
Em conversa com o Parlamentopb, Nadja declarou que vai demonstrar "tranquilidade" quando se encontrar com o prefeito nas dependências da 64ª zona eleitoral, onde as oitivas acontecem: "Estou tranquila e vou demonstrar tranquilidade, mas também terei o sentimento de uma militante indignada e injustiçada", disse.
Segundo Nadja, sua principal alegação para defender a tese de que Guilherme Almeida deve se desligar do partido é a alteração da ata do PSB: "A ata fraudada é a declaração de rompimento. Isso tudo para me impedir de chegar à Assembleia Legislativa. Não precisa mais para provar que houve perseguição a Guilherme e a mim", disse.
Guilherme Almeida disse ontem que não tem mais condições de convivência dentro do PSB e admitiu que pode deixar o partido mesmo que a Justiça não lhe dê ganho de causa. Ele reclama do fato de não ter sido nomeado para a Secretaria de Interiorização do Governo por causa de um veto expresso do PSB. O partido, por sua vez, diz que Guilherme sabia de uma resolução partidária que impedia os deputados socialistas de exercerem cargos no executivo.