Após denúncia anônima sobre a existência de tráfico de drogas no presídio Flósculo da Nóbrega, mais conhecido como Presídio do Róger, em João Pessoa, policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) iniciaram uma intensa investigação, que durou aproximadamente dois meses, e na manhã de hoje conseguiram prender uma mulher tentando entrar naquele estabelecimento prisional com aproximadamente mil comprimidos psicotrópicos.
A “Operação Nareta”, do Grupo de Operações Especiais (GOE), comandada pelo delegado Wallber Virgolino, contou com o apoio do Grupo de Intervenção Penitenciário (GIP), comandado pelo diretor do Presídio do Roger, Dinamérico Cavalcanti Cardim, e Gerência de Inteligência da Polícia Civil (Gintel).
A operação, deflagrada na manhã de hoje, dia de visita em presídios paraibanos, culminou na prisão da traficante Aline Matias da Silva, que alegando visita intima ao apenado José Geraldo de Albuquerque, pretendia entrar na casa de detenção com aproximadamente 1 mil comprimidos de artane, popularmente conhecido como “aranha”, que depois de comercializado no interior do presídio renderia ao tráfico aproximadamente R$ 10 mil.
Segundo o delegado Wallber Virgolino, as investigações se iniciaram por intermédio de delação anônima junto ao GOE, dando conta que mulheres estavam sendo usadas por traficantes como “mulas”, no sentido de transportar drogas e celulares para dentro dos presídios da Capital. A partir da informação prestada, o Delegado Geral de Polícia Civil, Canrobert Rodrigues, determinou a equipe do Grupo de Operações Especiais, com auxílio da Gerência de Inteligência da Polícia Civil, intensificassem as investigações e efetuasse uma constante monitoração nos principais presídios de João Pessoa.
Ainda segundo o delegado Wallber Virgolino, as investigações se intensificaram e com a preciosa e fundamental colaboração do Grupo de Intervenção Penitenciário, da Secretaria de Administração Penitenciaria, foi possível na manhã de hoje (07) por volta das 08h00m, apreender a droga e realizar a prisão em prender em flagrante delito.
A droga encontrada pela Polícia estava sendo transportada dentro de uma embalagem de biscoito. O pacote fora aberto pela traficante, que inseriu os comprimidos e em seguida fechou a embalagem com cautela, como se jamais houvesse sido violada.
Aline Matias da Silva foi autuada em flagrante delito pelo crime de tráfico de drogas, já que o psicotrópico artane é considerado droga ilícita e, em seguida, encaminhada para carceragem da Central de Polícia Civil de João Pessoa, localizada no bairro do Varadouro, onde se encontra a disposição do Poder Judiciário.
Entenda a Droga – Os anticolinérgicos dentre eles o Artane ou Aranha como é conhecido, chega a ser a terceira droga mais usada em algumas capitais no Nordeste, seguida dos inalantes e da maconha. Os anticolinérgicos, sobretudo, os sintetizados em laboratório como é o caso do artane, atuam principalmente produzindo delírios e alucinações. São comuns as descrições pelas pessoas intoxicadas de se sentirem perseguidas, de verem pessoas e bichos, visões de santos, animais, estrelas, fantasmas, entre outras imagens.
Os efeitos são bastante intensos, podendo demorar de 2 a 3 dias. As drogas anticolinérgicas são capazes de produzir muitos efeitos periféricos além dos provocados no sistema nervoso central. Assim, as pupilas ficam muito dilatadas, a boca seca e o coração pode disparar, os intestinos ficam paralisados, dentre outros efeitos colaterais.