O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF) verificou que, em princípio, não existe dano na parte estrutural da Estação Ciência Cabo Branco. A conclusão preliminar é resultado de vistoria técnica realizada no complexo, na segunda-feira (27), pelo procurador da República Rodolfo Alves Silva.
Também participaram da vistoria o diretor administrativo da Estação Ciência, engenheiro do MPF e engenheiro da Via Engenharia, empresa responsável pela construção da obra. Ontem (28), o procurador ouviu o professor da Universidade Federal da Paraíba, Normando Perazzo Barbosa, sobre os fatos apurados. “Após a vistoria e o depoimento do professor Perazzo, de plano foi afastada a existência de danos na estrutura de concreto da obra”, considerou.
Rodolfo Alves adiantou que não há perigo de danos maiores à estrutura da obra. “O que existe são falhas, especialmente no piso de algumas áreas e na parte de revestimento, onde já está sendo feito um trabalho de intervenção para correção dessas falhas pela construtora responsável”, relatou.
O procurador também explicou que aguarda a elaboração de parecer técnico por parte do engenheiro do MPF, para verificar se existem outras providências a serem adotadas. A previsão para entrega do laudo é de 15 dias.
Na segunda-feira (27) a prefeitura de João Pessoa entregou todos os documentos solicitados pelo MPF, em despacho de 17 de abril de 2009.
Sobre o caso – O Procedimento Administrativo nº 1.24.000.000641/2009-13 foi instaurado em 16 de abril de 2009, de ofício, pelo procurador-chefe da Procuradoria da República na Paraíba, Yordan Moreira Delgado, com base em reportagens publicadas na imprensa paraibana sobre a ocorrência de rachaduras na estrutura física da Estação Ciência, Cultura e Artes Cabo Branco.
A Estação Ciência, Cultura e Artes é um complexo arquitetônico projetado para difundir atividades científicas e culturais na capital do estado. A principal edificação é uma torre mirante, constituída de dois pavimentos suspensos. Também fazem parte do complexo um auditório com capacidade para 501 pessoas, anfiteatro, loja e lanchonete, um bloco onde funcionam serviços de administração e manutenção do complexo e estacionamento com 198 vagas. A obra foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e financiada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.