Ministro do STF quer fim de doação de empresa para candidatos

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) José Antônio Dias Toffoli vai levar para a comissão de reforma do Código Eleitoral do Senado a proposta de acabar com doações de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais.

 
Presidente da comissão de juristas criada pelo presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), para reformular o código brasileiro, Toffoli debaterá com colegas a legitimidade de pessoas jurídicas contribuírem com candidatos e partidos.
 
"Defendo a impossibilidade das pessoas jurídicas contribuírem. A pessoa jurídica não vota. Por que ela pode ser partícipe do processo eleitoral?", questiona o ministro em entrevista à Folha.
 
Na visão de Toffoli, as doações de pessoas físicas, porém, devem ser permitidas, uma vez que a contribuição exclusiva do Estado seria uma interferência no direito do eleitor de expressar sua preferência ideológica.
 
"Se você proíbe o cidadão de externar sua preferência política monetariamente, também é uma interferência no direito do cidadão de exercer a sua soberania", afirma o magistrado.
 
Do total de R$ 3,27 bilhões de contribuições nas eleições de 2010, R$ 2,512 bilhões (76,8%) foram doados por empresas, e R$ 431 milhões (13,2%), por pessoas físicas.
 
Os R$ 327 milhões (10%) restantes foram bancados pelos próprios candidatos. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) encontrou ainda 3.996 empresas suspeitas de irregularidades e que doaram um total de R$ 142 milhões.
 
Criada em julho do ano passado, a comissão já fez audiências públicas em oito cidades e por duas vezes teve prorrogado por Sarney o prazo de conclusão do trabalho.
 
Com a criação da comissão de reforma política no Senado para sugerir uma emenda constitucional, a reforma do Código Eleitoral ficou suspensa, já que trata de temas baseados na Constituição.
 
A previsão de Toffoli é de que em junho a comissão apresente o projeto, que deve defender a ampliação do debate eleitoral, aumentando de três para seis meses o tempo de campanha e liberando a discussão na internet.
 
O Código Eleitoral brasileiro data de 1965, mas seu núcleo central, sistema proporcional de listas abertas e com voto uninominal, porém, é basicamente o mesmo desde 1935, e foi aplicado a 17 pleitos eleitorais a partir de 1945.
 
"A ideia é racionalizar o sistema eleitoral. Cada lei eleitoral criou um tipo de processo. Isso foi se acumulando, porque o anterior não era revogado. A compra de voto, por exemplo, pode gerar quatro tipos de ações diferentes e é julgada quatro vezes pela Justiça", diz Toffoli.
 
 

Folha Online
 

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Nova pesquisa aponta Domiciano empatado na liderança pela prefeitura em Bayeux

PF deflagra operação contra lavagem de dinheiro e apreende joias e cavalo avaliado em R$ 600 mil

Tacyana Leitão é campeã de rejeição na disputa pela prefeitura de Bayeux

Anteriores

vo

Polícia prende suspeito de assassinar avó e neto dentro de casa no Agreste da Paraíba

saa

Após proibição da Justiça, Samba Brasil será no Espaço Cultural

concurso-conceicao

MPPB pede e Justiça suspende concurso público da Prefeitura de Conceição

luizcoutomic

Luiz Couto critica presidente do PT e acusa distorção de fatos por parte de Jackson

adorable-dog-being-curious-fence-shelter-scaled

Publicada lei que proíbe condenados por maus tratos aos animais de assumir cargos públicos

d754d546-187f-471a-9e8f-b79dd2b1f486

Vice-governador entrega 240 laboratórios de Robótica e destaca avanços na Educação da Paraíba

cli

Dona de clínica de reabilitação é presa em flagrante por cárcere privado e sequestro na Paraíba

domicianoesara

Julgamento de elegibilidade de Sara é adiado a pedido de procurador de Bayeux

WhatsApp Image 2024-09-12 at 13.53.32

Lei de Francisca Motta moderniza prescrição médica com atestado digital na Paraíba

55b70e6d-f6c4-46aa-8137-d8f7d1caebe3

João Azevêdo destaca potencialidades de investimentos da Paraíba em Fórum de Governança, na Bahia