Em nota, divulgada neste sábado (7), o Ministério da Integração Nacional negou que haja irregularidade na nomeação do irmão do ministro Fernando Bezerra, Clementino Coelho que ocupa interinamente a presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), há um ano.
Funcionário de carreira da empresa, desde 2003, Clementino faz parte da diretoria da companhia, que é subordinada ao ministério, e assumiu a presidência logo depois que o irmão, Fernando Bezerra Coelho, foi indicado ministro de Integração Nacional.
A Casa Civil da Presidência da República divulgou nota para informar que Clementino Coelho deixará o comando da companhia nos próximos dias. Para o lugar dele foi indicado Guilherme Almeida, que também é diretor da empresa.
A mudança coincide com o desgaste político do ministro Fernando Bezerra, que também teria direcionado recursos públicos para Pernambuco em volume maior do que para outras áreas também atingidas pela chuva.
Em nota, a Casa Civil informa que o ministro indicou o novo presidente há cerca de 50 dias e esclarece que Clementino Coelho está provisoriamente no cargo, não por ser irmão do ministro, mas porque é o mais antigo membro da diretoria da Codevasf.
O decreto n° 7.203 de 2010, que trata do nepotismo no serviço público, proíbe que um servidor permaneça em cargo público subordinado a um parente. Mas na avaliação da Controladoria-Geral da União (CGU), o caso não é nepotismo porque Clementino ocupava o cargo interinamente, devido ao tempo de trabalho na companhia.
Na nota, o ministério também rebate a denúncia de que o PSB ocupou politicamente os principais cargos do ministério. Segundo o texto, o ministério não é um reduto de correligionários e os principais cargos são ocupados por técnicos com experiência profissional.
Fernando Bezerra afirmou que, nesta segunda-feira (9) vai apresentar à presidente Dilma Rousseff o que o ministério está fazendo para ajudar as famílias desabrigadas pela chuva.
G1