Campina Grande – O secretário de Saúde de Campina Grande, médico Metuselá Agra, esteve ontem de manhã na Central de Polícia para prestar esclarecimentos a respeito de uma ação movida pelo Ministério Público e que acusa a administração municipal de exigir a apresentação de título de eleitor para realizar atendimentos de saúde através do Sistema Único de Saúde (Sus). Agra negou, contudo, que tinha sido preso. Ele disse que se apresentou espontaneamente ao delegado Oscar Amâncio, atendendo a uma determinação do juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública de Campina Grande, Ruy Jander Teixeira da Rocha.
A ida de Metuselá à delegacia se deu por causa de uma denúncia feita no mês de setembro por um paciente. Ele declarou que o título de eleitor foi pedido para que ele tivesse acesso ao serviço público de saúde. Uma reclamação semelhante já havia sido encaminhada em 2007 e a prefeitura havia sido notificada à época de que o documento eleitoral não serviria de pré-requisito para o atendimento médico.
Em entrevista à Campina FM, Metuselá negou que tenha sido preso: "Levamos as provas materiais de que não houve crime de desobediência. O que houve foi um lapso de memória do setor da secretaria de saúde de não apresentar ao juiz tais situações. Ano passado, já houve a resposta do então secretário. No próprio processo, já tem a resposta de outubro de 2008 que prova que há a recomendação de não solicitação do título de eleitor. Eu fui com o procurador do município, com o advogado e dois oficiais de Justiça. Eu me apresentei sem nenhum policial me levar ou coagir. Não cheguei a ser preso", disse.