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Meirelles marca o final do governo com disputa contra o PT

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Assim como entrou no governo – estabelecendo  uma permanente queda-de-braço com o PT sobre os níveis em que deveriam ser mantidos os juros da economia – o  presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, decidiu marcar o final de sua gestão com outra disputa contra o PT: desta vez o mote é a escolha de seu sucessor.

Foi na terça-feira o dia em que Meirelles concluiu que as portas estavam se fechando para ele entre os petistas. Um encontro com o presidente Lula à tarde e outro, com a cúpula nacional do PMDB, à noite, deixaram claro para Meirelles que não havia mais espaço para ser o vice da chapa de Dilma Roussef à Presidência da República. E mais: que é grande o risco de os petistas aproveitarem sua saída para mudarem os rumos do Banco Central.
 
No encontro com o presidente da República, à tarde, Meirelles ouviu de Lula que o Palácio não poderia interferir a seu favor na escolha do vice de Dilma, a ser indicado pelo PMDB, o que praticamente carimba a indicação do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Diante disso, Lula argumentou que talvez a melhor opção para Meirelles seja continuar no governo até o final.
 
À noite, com a cúpula nacional do PMDB na casa de Michel Temer, ficou clara a opção do partido por Temer, quando os líderes peemedebistas na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e no Senado, Renan Calheiros (AL), puxaram conversa sobre a candidatura de Meirelles a senador por Goiás.
 
“Eleito para o Senado, o senhor assumirá um papel central no Congresso e no ambiente político do país”, disse o senador Valdir Raup (RO).
 
“Mais do que isso, será o nome do PMDB para a área econômica”, argumentou Temer, acenando com possibilidade de Meirelles voltar ao governo como ministro da Fazenda.
 
Ao relatar o encontro a amigos, o presidente do Banco Central comentou que não precisava do PMDB para ser candidato ao Senado. E que também não acredita em sua nomeação para ministro da Fazenda, numa eventual vitória de Dilma.
 
Meirelles argumentou ainda com estes interlocutores que suas divergências com as idéias de Dilma e do PT ficam evidentes até com o nome apoiado pela ministra para sucedê-lo no BC: o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, que já se manifestou várias vezes contra a política de juros altos.

As especulações em torno de Nelson Barbosa e um raciocínio apresentado pelo vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Wellington Moreira Franco, na reunião com o PMDB – “Talvez  o presidente Lula defenda sua permanência para evitar que o PT mude a política econômica” – acenderam a luz vermelha na cabeça do presidente do BC.
 
Ao longo dos últimos meses Meireles havia deixado percorrer pelo mercado a informação de que estaria preparando o seu diretor de Normas, Alexandre Tombini, para sucedê-lo no Banco Central.
 
Agora que não há mais esperança de ele próprio assumir como vice de Dilma, que força política teria para nomear Tombini e afastar Nelson Barbosa? Daí que ele resolveu dar a tal declaração de ontem, na solenidade de 45 anos do BC, sobre sua saída: “Essa é uma decisão que envolve esta instituição. O papel que esta instituição tem para o Brasil. Estamos conversando e avaliando. Meu tempo só termina à meia-noite (do dia 2, sexta-feira santa)”.
 
De fato, o tempo de Meirelles decidir se fica ou se sai do BC só termina no último minuto do prazo legal para os candidatos às eleições de 2010 se desincompatibilizarem de seus cargos.
 
Mas quanto mais o tempo passa, mais diminuem as opções para Henrique Meirelles. Antes, poderia ter sio candidato a vice-presidente da República, a governador de Goiás, a senador, ou a permanecer como residente do BC, tornando-se um dos homens-fortes do final do governo Lula.
 
Agora só há duas opções: ou sai para concorrer ao Senado, ou fica até o final do governo e, depois, sem cargos eletivos poderá atuar como tem dito a amigos: da mesma forma que outro ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, escrevendo artigos e discutindo os rumos da política econômica.

 

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