O presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba, Tarcísio Campos, falou hoje sobre a carta de “desligamento em massa” enviada ao governo do Estado pelos médicos que prestam serviço no Hospital de Emergência e Trauma em João Pessoa. De acordo com Tarcísio, os profissionais de saúde estão reivindicando melhores salários. Ele negou, contudo, que a categoria tenha iniciado uma demissão coletiva.
– Não existiu demissão por que esses médicos não têm nenhum tipo de contrato, nem escrito nem são concursados, eles são codificados. Esse termo é usado para médicos que recebem pelo CPF. O termo de demissão só seria necessário se eles tivessem vínculo formal, como não existe, eles estão apenas informando à direção do hospital, o seu desligamento por não concordarem com as condições que estão sendo oferecidas de forma desrespeitosa. Eles foram pegos de surpresa com a diminuição dos salários.
A carta de demissão dizia que os médicos iriam se afastar por 72 horas para que houvesse uma retratação do governo, uma vez que houve “quebra de contrato”.
– Houve uma quebra de acordo verbal e escrita, pois eu tenho a ata e posso disponibilizar à imprensa e tem a assinatura de Dr Waldson. Lá esta escrito que “não haverá redução nos salários dos médicos”. Esse termo ele assinou como secretário adjunto, pois o secretário ainda era Mário Toscano. Consta no documento a assinatura de um termo de compromisso. Havendo queda no compromisso perdeu-se a credibilidade. Quem pede aumento são os médicos que prestam serviços, pois desempenham as mesmas funções que o cooperados e ganham menos. Nós temos uma assembléia dia 27 para discutir esses assuntos.