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Médicos campinenses reclamam de falta de EPIs; prefeitura contesta

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Uma confusão foi gerada em grupos de WhatsApp desde esta sexta-feira, 17, quando uma nota distribuída por médicos do Samu denunciou a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os profissinais de saúde, incluindo enfermeiros, fisioterapeutas e outras categorias. O texto da mensagem dizia que os médicos e demais servidores estavam vulneráveis e desamparados na linha de frente de atendimento aos pacientes com coronavírus na Rainha da Borborema.

“A situação é caótica! Não temos EPI’s suficientes para a equipe em campo de batalha, não dispomos de protocolo para os casos que já são positivos ou os que estão aguardando diagnóstico… Dispomos, outrossim, de condições insalubres cuja monta soma-se: 3 médicos afastados positivos para COVID-19 e 5 casos suspeitos aguardando resultado. Nesse universo de caos, alguns profissionais médicos são de risco e encontram-se afastados de suas atividades com sintomas respiratórios. Por trabalharmos para a Prefeitura de Campina Grande sob o regime de contrato, não temos direito a férias, decimo terceiro ou qualquer amparo e garantia caso algum infortúnio nos aconteça. Alguns de nós que fomos expostos, estamos afastados dos nossos plantões sem nenhuma garantia de renda, sem amparo nem proteção. Inclusive para os que estão doentes. Rogamos por apoio de toda a população, dos órgãos competentes da Justiça e dos senhores da imprensa. Não deixem que o nosso grito ecoe no vazio da inclemência, como tem sido até hoje. Nós não queremos parar, não podemos parar, até que o último de nós sucumba, estaremos a postos pela vida… por sua vida!! Mas assim como vocês, somos humanos!! Precisamos acreditar que ainda abraçaremos as nossas famílias quando isso tudo passar. Tornamos notória hoje a população campinense nossa atual situação trabalhista e contamos com o vosso apoio.

MÉDICOS AFASTADOS: 10
CASOS SUSPEITOS: 8
DESCARTADOS: 1
CONFIRMADOS: 3
AGUARDANDO RESULTADO: 5
AFASTADOS POR SER GRUPO DE RISCO: 2

A Secretaria de Saúde de Campina Grande emitiu uma nota para comentar as denúncias dos médicos e disse que todos os profissionais do SAMU de Campina Grande estão recebendo Equipamento de Proteção Individual – EPI para o enfrentamento da Covid-19.

“O SAMU-CG foi um dos primeiros a adotar um protocolo próprio para prevenção do novo coronavírus, destinando, além de EPIs especiais uma ambulância exclusiva para o atendimento de pacientes com suspeita da doença e casos confirmados de Covid-19, já na primeira quinzena do mês de março. Além disso foram realizados treinamentos sobre o uso correto dos EPIs no contexto do novo coronavírus.

Por medida de segurança, todos os servidores da Secretaria de Saúde com idade acima dos 60 anos ou que fazem parte dos grupos de risco para Covid-19 foram dispensados do trabalho, sem qualquer prejuízo salarial. Da mesma forma, seguindo os protocolos da Organização Mundial da Saúde – OMS e do Ministério da Saúde, aqueles profissionais que aprestam sintomas suspeitos da doença estão sendo orientados a cumprir o isolamento social.

A Secretaria de Saúde ressalta que SAMU de Campina Grande, assim como acontece em todo o país, funciona em regime de plantão. Desta forma, alguns dos profissionais que atuam no serviço também cumprem plantões em outras unidades de saúde públicas e privadas da cidade, como também prestam serviços em outros estados e municípios. Por isso, alerta que, apesar das medidas de segurança adotadas pelo SAMU-CG, o autocuidado em outros espaços de trabalho deve seguir as recomendações sanitárias.

Em relação à infecção por Covid-19 em servidores da Prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde informa que todos os casos registrados na cidade são divulgados nos boletins emitidos pela Diretoria de Vigilância em Saúde, de acordo com a liberação dos resultados dos testes pela Secretaria de Estado da Saúde.

Por fim, a Secretaria de Saúde de Campina Grande reafirma seu compromisso com a segurança em saúde de todos os profissionais envolvidos no enfrentamento da Covid-19 e não medirá esforços para garantir o direito às condições sanitárias no ambiente de trabalho dos servidores da pasta”.

Mais mensagens – Ainda no WhatsApp, neste sábado, 18, circulou uma mensagem dando conta da demissão do médico Oswaldo Cascudo Filho por suposta retaliação por ter tornado públicas as reclamações em relação à prefeitura campinense. Mais uma vez, a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande informou que Oswaldo Bezerra Cascudo Filho pediu desligamento de suas funções no SAMU no último dia 10 de abril. “Não há, por parte da Secretaria de Saúde, nenhuma intenção de punir qualquer profissional que manifeste o seu direito de livre expressão. Neste momento de pandemia, mais do que nunca, o foco da Secretaria de Saúde está na garantia da assistência às pessoas nos serviços de saúde, assim como a assegurar que todos os profissionais tenham acesso aos Equipamentos de Proteção Individual – EPIs e às condições de segurança sanitária para realizarem seus trabalhos”.

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