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Médico paraibano emociona ao deixar pequeno paciente com câncer raspar sua cabeça

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Uma cena envolvendo o paulista Pedro, de oito anos e o médico paraibano Caio Nuto França, de 28, viralizou nas redes sociais e emocionou muita gente e foi tema de reportagem exibida no Fantástico, ontem (18). O menino Pedro Cardozo dos Santos raspou o cabelo do seu médico após passar por uma cirurgia para a retirada de um tumor no cérebro no Hospital do Mandaqui, na Zona Norte de São Paulo. O neurocirurgião Caio Nuto França, prometeu que também cortaria o cabelo caso a criança tivesse que ficar careca para realizar o procedimento.

A cena foi registrada pelo próprio médico que operou a criança no dia 9 de outubro e postou em suas redes sociais. O vídeo viralizou, provocando uma série de comentários de esperança e demonstrações de empatia. Nas imagens é possível ver o menino aos risos passando uma máquina no cabelo do médico.

O menino, que estava internado desde setembro, recebeu alta do hospital na última quarta-feira (14).

Em outro vídeo, o médico pede que Pedro desenhe com uma canetinha o trajeto da cicatriz que a cirurgia para retirada do tumor deixou na cabeça do menino. “Pedrão, vou ficar igual a você. Vai, pinta de novo. Caramba, Pedrão, você fez a cicatriz melhor que o neurocirurgião, mostra a tua”, disse Caio.

Pedro, então, responde aos risos: “Acho que nós dois está (sic) ferrado”.

A aposta virou diversão para outro garotinho, o Nícolas, que também estava no hospital e aproveitou para cortar o cabelo do médico.

O médico disse ao G1 que o menino passou por dez cirurgias antes do último procedimento.

Laços de amizade
O neurocirurgião conta como começou a amizade com a criança que o ensinou como enfrentar dificuldades com alegria.

“O Pedro, em agosto do ano passado veio ao Pronto-Socorro com quadro de cefaleia progressiva e a gente detectou o tumor. Era um tumor benigno, mas com comportamento maligno. Em três, quatro meses foram necessárias dez cirurgias. Mas ele é uma criança muito especial, por todo tempo que ele ficou internado ele nos dava uma aula de como lidar com uma doença grave e como lidar com esse momento de dor com uma forma alegre, muito leve. Aí criamos um laço muito forte”, disse Caio.

“Ele me fez evoluir muito como médico. Em julho tivemos uma consulta e o tumor tinha voltado, pois uma das características desse tumor é que ele se prolifera muito rápido, então, ele começou a volta do tumor em setembro deste ano, bem grande, ocupando uma boa área do cérebro.”

Pedro não esqueceu da promessa que o médico tinha feito de cortar o cabelo após a cirurgia. “Nesta última internação, a primeira pergunta que ele fez foi se iria precisar cortar o cabelo e eu falei que se ele cortasse, eu cortaria o meu também. Depois da UTI, eu achava que ele iria esquecer e eu também tinha falado sem muita pretensão de cortar o meu cabelo mesmo, mas aí ele ficou me cobrando”, afirmou Caio.

“Fui no quarto dele, peguei a maquininha e deixei ele cortar o cabelo. O Nicolas que também estava no quarto e também tinha raspado o cabelo também participou. Fiquei feliz em como isso gerou atitudes de carinho e amor com pessoas que estão em vulnerabilidade. Ele é uma criança super legal”, disse o neurocirurgião.

Caio Nuto nasceu em João Pessoa, se formou na Universidade Federal da Paraíba e foi para São Paulo em 2016 para fazer residência médica. “Foi o Pedro que me deu a certeza de que queria fazer especialização em neuropediatria.”

A mãe de Pedro, Eliana, disse que o filho sempre foi bem humorado. “Ele sempre foi um menino doce, espontâneo, que gosta muito de conversar com as pessoas, principalmente com pessoas adultas. Ele está muito feliz e achou tudo muito engraçado. Na verdade, ele ficou com dó de cortar o cabelo do médico, mas depois se divertiu muito porque o médico ficou parecido com ele.”

Sobre a sequência de cirurgias e a reação do filho com o tratamento do tumor, Eliana disse que Pedro sempre foi otimista. “Ele sempre falou que Deus o ajudaria. Ele me disse: ‘mãe, não se preocupa que Deus me ajudou nas outras dez cirurgias e vai me ajudar nessa também”.

A primeira coisa que Pedro fez quando voltou para casa foi brincar com o irmão. “Ele só quis saber do irmão e de jogar no celular”, disse Eliana.

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