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McDonald’s e Ferrari saem da Rússia; veja outras 76 empresas

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As sanções econômicas que a Rússia vem sofrendo após invadir a Ucrânia não estão sendo aplicadas apenas por países e organizações internacionais. Diante da escalada bélica dos últimos dias, as retaliações passaram a vir também do setor privado.

Grandes multinacionais ocidentais de diversos setores fecharam operações locais, suspenderam negociações com companhias russas e anunciaram a retirada de investimentos diretos no país.

Empresas como Shell e BP abandonaram negócios bilionários na Rússia, enquanto a Volvo, Apple e gigantes dos transportes, como MSC e Maersk, suspenderam remessas. O grupo Inditex, que controla a Zara, de vestuário, também paralisou as operações de suas 502 lojas no país, assim como seu principal concorrente, a H&M.

O governo de Vladimir Putin, por sua vez, baixou nesta terça (1º) um decreto proibindo os estrangeiros de vender ativos russos, com a intenção de ganhar tempo e dificultar a saída dos investidores. E ainda dá argumentos às empresas, particularmente às de capital aberto, para justificar a permanência na Rússia.

A debandada das companhias adiciona ainda mais pressão ao caldeirão econômico russo que, diante de sanções sem precedentes, viu o rublo cair para mínimos recordes, obrigando o banco central do país a dobrar sua taxa de juros.

A interrupção dos negócios com a Rússia não é necessariamente um posicionamento contra a guerra. Os anúncios vêm de grupos empresariais que buscam equilibrar o impacto em suas reputações, minimizando a exposição às pesadas sanções ocidentais.

Entre as companhias brasileiras com investimentos no território russo, a catarinense WEG, fabricante de motores elétricos listada na B3, a Bolsa de Valores brasileira, é destaque.

Operando no país comandado por Putin através da subsidiária WRU, em setembro passado anunciou investimentos na Sibéria, onde abriu escritório na cidade de Novosibirski.

Também no ano passado, a WRU anunciou a venda de um motor de grande porte, encomendado pela maior mineradora de ouro da Rússia, capaz de operar com temperaturas de até -50º C.

Por fazer parte dos principais rankings de ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês), a WEG está entre as empresas de capital aberto que agora, segundo analistas do mercado, serão pressionadas por investidores e empresas de rating a respeito dos negócios na Rússia.

Em nota enviada nesta quarta (2) à Folha, a WEG anunciou a decisão de suspender novos negócios com a Rússia até que fiquem claras as implicações do conflito e a extensão das sanções internacionais. A companhia atua no país através de uma filial comercial para a distribuição de produtos fabricados em outros países.

“A WEG apoia todos os movimentos que pregam a paz e buscam soluções pacíficas para o conflito”, disse.

Veja a lista de empresas que cortaram negócios com a Rússia:

ENERGIA E PETRÓLEO
Shell

A Shell anunciou que encerrará suas operações russas, incluindo sua participação minoritária em uma grande usina de gás natural liquefeito.

Em comunicado, a empresa informou que deixará seu principal negócio de GNL, o Sakhalin 2, do qual detém 27,5%. A operação é controlada pela gigante russa de gás Gazprom, dona de metade do negócio.

Instalada na costa nordeste da Rússia, a usina produz cerca de 11,5 milhões de toneladas de GNL por ano, produto vendido para China e Japão, entre outros mercados.

A empresa anunciou que irá também parar de comprar petróleo bruto da Rússia.

BP

A BP, grupo de energia britânico, pretende alienar sua participação na Rosneft, empresa de energia russa.

A participação de 19,75% na gigante petrolífera russa Rosneft responde por cerca de metade das reservas de petróleo e gás da BP, em um movimento que pode custar à empresa britânica mais de US$ 25 bilhões (R$ 128,5 bilhões). A companhia disse ainda que a notícia não afetará suas metas financeiras.

Equinor

A norueguesa Equinor disse na segunda-feira (28) que deseja sair de joint ventures na Rússia, incluída a parceria estratégica com a Rosneft, abrangendo projetos em toda a Sibéria.

TotalEnergies

A gigante francesa de petróleo anunciou nesta terça (1º) que não investirá em novos projetos na Rússia.

Orsted

A Orsted da Dinamarca parou de fornecer carvão e biomassa russos para suas usinas de energia, mas continuará comprando até dois bilhões de metros cúbicos de gás natural da Gazprom. Também afirmou que não firmará novos contratos com empresas russas ou que ou possuam fornecedores no país.

ExxonMobil

A multinacional de petróleo e gás norte-americana ExxonMobil afirmou nesta terça (1°) que sairá do projeto Sakhalin-1, um dos maiores campos de petróleo e gás operados por estrangeiros na Rússia, e deixará de investir no país.

AUTOMÓVEIS
Ferrari

A fabricante italiana de automóveis de luxo Ferrari decidiu suspender sua produção para o mercado russo, após a invasão à Ucrânia, disse um porta-voz à AFP, nesta quarta-feira (9).

A empresa não tem fábrica na Rússia, e todos os veículos vendidos nesse mercado são produzidos nas plantas italianas de Maranello e Modena, afirmou.

Volvo

A montadora sueca Volvo Cars informou nesta segunda-feira que suspenderá as remessas de carros para o mercado russo. Foi a primeira montadora internacional a fazer isso. A decisão foi tomada devido a riscos potenciais associados ao comércio de material com a Rússia, incluindo sanções impostas pela UE e pelos EUA.

Volvo Caminhões

A fabricante de caminhões Volvo, que é independente da montadora de automóveis, disse na segunda-feira que interrompeu a produção em sua fábrica na Rússia, assim como as vendas para o mercado russo.

Renault

A Renault anunciou o fechamento temporário de sua fábrica em Moscou, responsável pela produção de modelos como o Renault Captur e seus SUVs Arkana, por problemas na cadeia de suprimentos. A Renault possui a maior montadora do país, a Avtovaz, sendo responsável por cerca de um terço do mercado russo.

Harley-Davidson

A Harley-Davidson suspendeu seus negócios na Rússia, assim como os embarques de suas motos, usadas por Putin em mais de uma ocasião, inclusive na Ucrânia, em 2010.

A fabricante de caminhões sueca Scania decidiu interromper as vendas no mercado russo na semana passada, após a invasão da Ucrânia. A subsidiária brasileira, situada em São Bernardo do Campo (SP), seguiu a decisão da matriz e anunciou nesta quarta (2) que também suspendeu as exportações para o país.

GM

A General Motors também pretende interromper os embarques de veículos para a Rússia. A fabricante norte-americana exporta cerca de 3.000 veículos por ano, modelos fabricados nos EUA.

BMW

Em entrevista ao Wall Street Journal, um porta-voz da BMW disse que a empresa vai parar com a produção local e exportação para o mercado russo até novo aviso. O executivo também afirmou que a montadora de carros e motos condena a agressão contra a Ucrânia e que cessaria a montagem de veículos com um parceiro em Kaliningrado.

Jaguar Land Rover

A multinacional inglesa disse na última segunda-feira que estava pausando a entrega de veículos no mercado russo por causa dos desafios comerciais impostos pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

Toyota

A montadora japonesa Toyota anunciou nesta quarta-feira (2) a suspensão da produção em sua única fábrica na Rússia e a interrupção dos envios de veículos para o país, citando “interrupções na cadeia de suprimentos” ligadas à invasão da Ucrânia.

“A Toyota Motor Russia interromperá a produção em sua fábrica de São Petersburgo a partir de 4 de março e paralisou as importações de veículos, até novo aviso, devido a interrupções na cadeia de suprimentos”, disse a empresa em comunicado.

Daimler Truck

A Daimler Truck, maior fabricante de caminhões do mundo, tomou a decisão de suspender imediatamente todas suas atividades comerciais na Rússia.

A companhia tem um contrato com a Kamaz, fabricante de veículos local, mas que é limitada à fabricação de veículos civis. A Kamaz, que foi estabelecida sob a União Soviética, fabrica separadamente veículos utilitários para as forças armadas da Rússia.

Nokian Tyres

A fabricante de pneus Nokian Tyres está transferindo a produção de algumas de suas principais linhas de produtos da Rússia para Finlândia e Estados Unidos, como forma de se preparar para possíveis sanções adicionais.

A companhia já vinha aumentando sua produção nos países, mas ainda produz aproximadamente 80% de sua capacidade anual de 20 milhões de pneus na Rússia, onde emprega cerca de 1.600 pessoas.

Ford

A Ford, que já teve três fábricas na Rússia, está suspendendo suas operações restantes no país por tempo indeterminado por causa da invasão, segundo o New York Times. A montadora faz parte de uma joint venture que fabrica pequenas vans de entrega em uma fábrica em Yelabuga, a mais de 600 milhas a leste de Moscou. Também trabalha com um distribuidor que vende seus veículos importados.

Em comunicado, a empresa diz que está profundamente preocupada com a invasão da Ucrânia e com as ameaças resultantes à paz e à estabilidade. “A situação nos obrigou a reavaliar nossas operações na Rússia”, afirma.

TRANSPORTES
Alstom

O fabricante de trens francês Alstom anunciou, nesta quarta-feira (9), a suspensão de suas entregas para a Rússia e de todos os investimentos no país, embora mantenha sua participação na construtora local Transmashholding, cujo valor contábil será reexaminado.

“O grupo respeitará, evidentemente, todas as sanções e todas as leis aplicáveis e decidiu suspender qualquer entrega para a Rússia”, afirmou a empresa em um comunicado e confirmou ainda a suspensão de qualquer novo investimento no país.

Maersk

A Maersk disse nesta terça-feira (1º) que todo o transporte de contêineres para a Rússia será temporariamente interrompido.

A companhia opera rotas de transporte de contêineres para São Petersburgo e Kaliningrado no Mar Báltico, Novorossiysk no Mar Negro e Vladivostok e Vostochny na costa leste da Rússia.

MSC

Em comunicado publicado nesta terça-feira, a MSC também informou que vai implementar uma paralisação temporária em suas reservas de carga a Rússia, cobrindo todas as áreas de acesso, incluindo Báltico, Mar Negro e Extremo Oriente da Rússia.

“A MSC continuará a aceitar e selecionar reservas para entrega de bens essenciais, como alimentos, equipamentos médicos e bens humanitários”, diz a empresa.

ONE (Ocean Network Express)

A Ocean Network Express, uma das principais empresas de transporte de contêineres do mundo, suspendeu suas remessas de e para a Rússia.

Com sede em Cingapura, a companhia afirmou que a aceitação de reservas com destino e saída para São Petersburgo ficará parada até novo aviso.

Hapag Lloyd

No dia 24 de fevereiro, a companhia de transporte marítimo anunciou a suspensão temporária das reservas para Rússia e Ucrânia. Um porta-voz da companhia disse que a decisão foi tomada para garantir o cumprimento de todas as sanções impostas.

AerCap Holdings

A empresa de leasing AerCap Holdings, a maior locadora de aviões do mundo, disse que vai encerrar centenas de arrendamentos de aeronaves com a Rússia por causa de sanções.

A AerCap tem cerca de 5% de sua frota alugada para companhias aéreas russas. No entanto, a forma como os aviões serão recuperados não foi explicada

BOC Aviation

A empresa de aeronaves informou que a maioria de seus leasings para companhias aéreas russas teria que ser rescindida até o dia 28 de março. A BOC Aviation tem 18 aviões com no país, representando 4,5% de sua frota própria com sede na Rússia.

Ups, FedEx e DHL

As companhias de logística United Parcel Service (UPS) e Federal Express (FedEx) suspenderam entregas na Rússia e na Ucrânia.

A UPS disse que a suspensão de todos os serviços de transporte internacional se aplica para chegadas e saídas dos dois países, o que também vale para Belarus. Segundo as companhias, o foco da decisão é a segurança de seus funcionários.

A alemã DHL também suspendeu as operações de e para a Ucrânia.

Boeing

A Boeing, fabricante americana de aviões, anunciou nesta terça a suspensão de suporte técnico, de peças e de manutenção de aeronaves para empresas aéreas russas.

Além disso, a fabricante paralisou suas operações principais em Moscou.

“Enquanto o conflito continua, nossas equipes estão concentradas em garantir a segurança de nossos funcionários na região”, disse um porta-voz da Boeing.

Na segunda, a empresa pausou as operações do centro de treinamento da empresa na capital russa e fechou seu escritório em Kiev.

Bombardier

A empresa canadense, que produz alguns dos jatos executivos mais sofisticados do mundo, informou no sábado (5) que deixará de dar manutenção a aviões de clientes russos.

A companhia afirmou aderir a todas as leis, regulamentos e sanções internacionais.

“Toda a equipe da Bombardier continua profundamente entristecida com a crise humanitária que se desenrola na Ucrânia. (…) Faremos nossa parte, de todas as formas possíveis, para ajudar os governos de todo o mundo a buscarem o fim deste terrível conflito”, disse a empresa em nota.

FINANÇAS
S&P

O provedor de informações financeiras S&P Global disse nesta quarta-feira (9) que está suspendendo suas operações comerciais na Rússia, juntando-se a uma série de empresas norte-americanas que romperam laços com o país após a invasão da Ucrânia.

HSBC

O banco britânico HSBC informou que está começando a encerrar relações com uma série de instituições russas, incluindo o segundo maior, VTB, um dos alvos de sanções.

Visa, Mastercard e American Express

As empresas de cartões de pagamento americanas bloquearam diversas instituições financeiras russas de sua rede, de acordo com sanções aplicadas pelo Ocidente.

No sábado (5), as empresas foram além e comunicaram que vão suspender suas operações na Rússia. A Visa afirmou que transações com cartões emitidos no país não funcionarão mais no exterior, e os cartões emitidos em outros lugares do mundo não funcionarão na Rússia. Já a Mastercard disse que os cartões emitidos por bancos russos não serão mais aceitos por sua rede, e qualquer cartão emitido fora do país não funcionará em comércios ou caixas eletrônicos russos.

Neste domingo (6), a vez da American Express também anunciou que interrompeu suas atividades na Rússia e em Belarus. “Os cartões emitidos globalmente não funcionarão mais em estabelecimentos comerciais ou caixas eletrônicos na Rússia. Além disso, os cartões emitidos na Rússia por bancos russos não funcionarão mais fora do país na rede global da American Express”, disse Stephen Squeri, CEO da empresa, em nota.

McKinsey

Na última semana, Bob Sternfel, chefe da consultoria internacional McKinsey, disse que a companhia não servirá mais a nenhuma entidade governamental da Rússia, país onde a empresa tem mais de 400 funcionários e parceiros.

Outras consultorias globais vêm considerando medidas. O BCG (Boston Consulting Group) disse estar avaliando minuciosamente seu portfólio de trabalho no país. Já a Bain afirmou que está revendo suas operações na Rússia.

Paypal

A empresa de pagamentos digitais enviou uma carta ao vice-primeiro ministro da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, anunciando a suspensão de suas operações na Rússia, informou o político ucraniano no sábado (5). “A PayPal apoia o povo ucraniano e se posiciona ao lado da comunidade internacional em condenar os violentos ataques militares da Rússia na Ucrânia”, diz o documento.

PwC, KPMG, EY e Deloitte

As quatro maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo, conhecidas como Big Four, anunciaram que estão saindo da Rússia.

PwC e KPMG foram as primeiras do grupo a tomar a decisão, anunciando no domingo (6) o fim de relações com Rússia e Belarus.

A PwC possui 3.700 parceiros e funcionários em 11 locais do território russo e 25 unidades em Belarus, enquanto a KPMG está associada a 4.500 pessoas nos dois países.

Já na segunda-feira, a EY anunciou que estaria cortando relações com os 4.700 parceiros que possui na Rússia, sendo seguida pela rival Deloitte, que também sairá de Belarus.

As retiradas são as mais significativas dentre as empresas de serviços profissionais da Rússia desde o início do conflito na Ucrânia.

No total, as Big Four têm cerca de 15 mil funcionários e parceiros na Rússia.

TECNOLOGIA
Apple

Na última terça-feira, a empresa mais valiosa do mundo se juntou a outras multinacionais e suspendeu a venda de seus produtos na Rússia. Na semana passada, a companhia já tinha suspendido todas as exportações no canal de vendas que tem no país.

A Apple também seguiu o Google Maps ao desativar atualizações de tráfego ao vivo em seu aplicativo de mapas na Ucrânia, que alguns temiam que pudesse representar um risco para civis ao destacar áreas lotadas.

Ericson

A companhia sueca de equipamentos de telecomunicações suspendeu as entregas à Rússia para avaliar como as sanções do Ocidente vão impactar seus negócios.

Nokia

A rival finlandesa da Ericson também afirmou que interromperá as remessas ao país para se alinhar aos embargos econômicos impostos a Moscou.

Meta

A Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp) informou que restringirá o acesso aos meios de comunicação estatais russos RT e Sputnik em suas plataformas na União Europeia. Na segunda-feira, o acesso aos conteúdos já haviam sido bloqueados pelo Facebook.

Google

O Google parou de vender publicidade online na Rússia, uma decisão que abrange buscas, YouTube e parceiros de publicação externos.

“À luz das circunstâncias extraordinárias, estamos pausando os anúncios do Google na Rússia”, disse a empresa em comunicado. “A situação está evoluindo rapidamente e continuaremos compartilhando atualizações quando apropriado.”

Anteriormente, o Google havia proibido a mídia estatal russa de comprar ou vender anúncios por meio de sua tecnologia. Também invocou sua política de eventos sensíveis, que proíbe o marketing que busca tirar proveito da guerra, com exceção de protestos ou anúncios antiguerra.

Twitter e Microsoft

Twitter e Microsoft também limitaram a divulgação de informações dos canais oficiais usados por Moscou.

Airbnb

O presidente-executivo do Airbnb, Brian Chesky, tuitou a suspensão na Rússia e em seu aliado, Belarus, sem dar mais detalhes. O Airbnb, que está se recuperando de um período de poucos negócios induzido pela pandemia, projetou resultados surpreendentes para o primeiro trimestre devido à forte demanda nos Estados Unidos e estadias mais longas dos hóspedes.

Spotify

A gigante do streaming Spotify anunciou nesta quarta-feira (2) o fechamento de seu escritório na Rússia e limitações no acesso ao conteúdo publicado pela mídia estatal russa na plataforma.

A empresa sediada em Estocolmo, na Suécia, ainda indicou que analisou “milhares de episódios de podcast desde o início da guerra”. O serviço, no entanto, continua aberto para usuários russos.

Netflix, Disney, Warner e Sony Pictures

O setor de entretenimento também se mobilizou para retaliar a Rússia. Na segunda-feira, três organizações (Disney, Warner e Sony) anunciaram que não vão exibir seus próximos lançamentos em cinemas russos até que Putin ponha um fim aos ataques contra a Ucrânia.

Entre os filmes suspensos, estão a releitura de “Batman” com Robert Pattinson, um dos lançamentos mais aguardados do ano.

No domingo (6), a Netflix suspendeu seus serviços na Rússia, segundo a Variety. No começo do mês, a plataforma interrompeu produções originais russas e a compra de filmes e séries da Rússia.

Sony Interactive Entertainment

A divisão de videogames da Sony anunciou nesta quarta-feira (9) a suspensão de todas as vendas na Rússia, incluindo do novo simulador de corrida de carros “Gran Turismo 7”. A Sony Interactive Entertainment também afirmou que vai suspender operações da PlayStation Store na Rússia.

Samsung

A Samsung Electronics, maior produtora mundial de chips de computador e smartphones, interrompeu todos os embarques para a Rússia “devido aos atuais desenvolvimentos geopolíticos”, segundo comunicado, divulgado neste sábado (5). A suspensão se aplica a todos os produtos da Samsung Electronics, desde semicondutores e smartphones até TVs, impressoras e geladeiras.

A empresa anunciou ainda que doaria US$ 6 milhões, incluindo US$ 1 milhão em eletrônicos de consumo, para apoiar os esforços de assistência humanitária na Ucrânia.

TikTok

No domingo (6), o gigante chinês das redes sociais anunciou a suspensão de publicações em vídeo na Rússia devido a uma lei que prevê até 15 anos de prisão para os que divulgarem o que o governo considerar fake news sobre a guerra na Ucrânia. A empresa afirmou que a suspensão vai durar até que as implicações da lei sejam analisadas, mas que o serviço de mensagens do aplicativo não será afetado.

VESTUÁRIO
Adidas, Nike e Puma

Na terça-feira, a gigante mundial de equipamentos esportivos anunciou a suspensão de seu patrocínio à Federação Russa de Futebol. A adidas registrou, em 2020, 2,9% de seu faturamento na região da Rússia, Ucrânia e países da extinta União Soviética.

A Nike disse que fechará temporariamente todas suas lojas na Rússia. A empresa tornou indisponíveis no país as vendas de mercadorias em seu site e aplicativo no início da semana e havia direcionado os consumidores no país para suas lojas físicas, mas agora elas também serão fechadas.

A Puma anunciou no sábado (5) que já paralisou as operações de suas cem lojas na Rússia.

Hermès, Chanel, Louis Vuitton, Gucci, Cartier e Prada

Marcas de luxo como Burberry, Hermès, Chanel, LVMH, Kering —proprietária da Gucci—, e Richemont, dona da Cartier, suspenderam temporariamente as operações na Rússia, citando desafios operacionais e preocupações com a equipe à medida que as consequências da invasão da Ucrânia se espalham. A última marca de luxo a se unir a elas foi a italiana Prada, que anunciou a paralisação de suas operações na Rússia no sábado (5).

Zara

O grupo Inditex, que controla a Zara e outras marcas de vestuário, anunciou a paralisação de suas 502 lojas na Rússia —86 são da Zara. A operação de ecommerce também foi interrompida. “Nas circunstâncias atuais, a Inditex não pode garantir a continuidade das operações e condições comerciais na Rússia e suspende temporariamente sua atividade”, anunciou a empresa, que é o maior grupo de moda do mundo.

A Rússia responde por cerca de 8,5% do Ebit global do grupo (lucro antes de juros e impostos). A Inditex, que emprega mais de 9.000 pessoas no país, afirma que continua “priorizando sua força de trabalho”, e que vai desenvolver um plano de apoio para os colaboradores.

H&M

Segundo maior grupo de vestuário do mundo, atrás da Inditex, a H&M também anunciou a paralisação de suas atividades na Rússia, afirmando estar profundamente preocupado com os trágicos acontecimentos na Ucrânia e “apoiar todas as pessoas que estão sofrendo”.

OUTROS SETORES
Discovery

A Discovery informou nesta quarta-feira (9) que suspenderá a transmissão de seus canais e serviços na Rússia, juntando-se a um número crescente de corporações que se retiram do país em resposta à invasão da Ucrânia.

Quinze das marcas de entretenimento da Discovery, incluindo HGTV, Animal Planet, TLC e Eurosport, são distribuídas pela Media Alliance, uma joint venture com o National Media Group, da Rússia.

Nestlé

A Nestlé anunciou nesta quarta-feira (9) a suspensão de todos seus investimentos de capital na Rússia, após a invasão da Ucrânia pelo país.

O grupo, com sede na Suíça, acrescentou que continuará fornecendo produtos alimentícios essenciais no país.

Condé Nast

O grupo editorial americano Condé Nast anunciou a suspensão de suas operações na Rússia, onde publica há mais de 20 anos a edição russa da famosa revista de moda Vogue, devido ao conflito na Ucrânia.

Heineken​

A cervejaria holandesa Heineken anunciou, nesta quarta-feira (9), que deixará de produzir e de vender sua cerveja na Rússia, onde tem 1.800 funcionários, devido à guerra “completamente injustificada” na Ucrânia.

Segundo maior fabricante de cerveja do mundo, atrás da AB InBev, o grupo já havia anunciado na semana passada a suspensão das exportações para a Rússia, assim como de novos investimentos no país.

Coca-Cola

A gigante dos refrigerantes Coca-Cola anunciou nesta terça-feira (8) a suspensão de suas operações na Rússia, seguindo os passos de outros grandes grupos americanos, criticados por demorar para cortar pontes com Moscou após a invasão da Ucrânia.

“Continuaremos monitorando e avaliando a situação à medida que ela evolui”, declarou a empresa em comunicado, sem fornecer detalhes sobre suas atividades exatas na Rússia.

McDonald’s

Também nesta terça, a McDonald’s anunciou que vai fechar temporariamente suas operações na Rússia. Há 850 restaurantes da rede no país, além de 62 mil funcionários, que terão seus salários mantidos, segundo a companhia.

A chegada da marca, em 31 de janeiro de 1990, foi um dos ícones do final do império comunista, dissolvido no fim de 1991.

Starbucks

A gigante do café Starbucks disse que está suspendendo todas as atividades comerciais na Rússia, incluindo o envio de produtos administrados por um licenciado.

A empresa disse que o Alshaya Group, com sede no Kuwait, que opera pelo menos cem cafés Starbucks na Rússia, “fornecerá apoio aos quase 2.000 parceiros na Rússia que dependem da Starbucks para sua subsistência”.

Weg

A fabricante catarinense de motores elétricos anunciou nesta quarta que vai suspender novos negócios com a Rússia até que fiquem claras as implicações do conflito e a extensão das sanções internacionais.

A companhia atua no país através de uma filial comercial para distribuição de produtos fabricados em outras localidades.

Unilever

A Unilever tornou-se nesta terça-feira (8) a primeira grande companhia de produtos de consumo da Europa a interromper importações e exportações para a Rússia depois da invasão da Ucrânia pelo país.

A companhia afirmou que não vai mais investir na Rússia e que vai parar toda a publicidade no país, acrescentando que as operações na Ucrânia também foram paralisadas.

L’Oreal

A gigante de cosméticos L’Oreal anunciou que está fechando temporariamente suas lojas na Rússia e suspendendo investimentos no país.

“Condenamos fortemente a invasão russa e a guerra na Ucrânia, que está causando tanto sofrimento ao povo ucraniano”, disse a empresa francesa em comunicado.

O negócio russo da L’Oreal, que inclui uma planta de produção, responde por uma porcentagem baixa, de um dígito, das vendas anuais, de acordo com a empresa.

Sandvik

O grupo sueco de engenharia decidiu pausar todas suas operações na Rússia. Na segunda-feira, a Sandvik justificou sua decisão por questões de segurança.

Em 2021, a Rússia respondeu por por 3,5% das vendas da Sandvik. A fabricante de ferramentas de corte de metal e equipamentos de mineração não tem produção no país, mas conta com aproximadamente 900 funcionários nas áreas de vendas e serviços.

Uefa

A União das Associações Europeias de Futebol rescindiu um patrocínio com a Gazprom, gigante russa do setor energético. O valor do contrato era estimado em 40 milhões de euros (R$ 231,1 milhões).

O patrocínio cobria a Champions League, uma das maiores competições de futebol do mundo, além de campeonatos internacionais organizados pela Uefa e a Eurocopa-2024.

Michelin

A Michelin informou que seu guia mundialmente famoso suspenderá todas as recomendações de restaurantes na Rússia em resposta à invasão da Ucrânia por Moscou.

Todos os projetos de desenvolvimento da Rússia estão agora congelados, disse em comunicado, acrescentando que todas as mídias sociais e atividades online na Rússia também estão suspensas.

“Fizemos a escolha de não promover Moscou como destino”, disse a Michelin. “Como resultado, a seleção de Moscou não será atualizada este ano.”

O Guia da Michelin de Moscou, o único na Rússia, atualmente inclui 69 restaurantes.

 

 

 

Folha Online com Reuters, AFP, Financial Times e Aeroin

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