Uma denúncia divulgada hoje pela Chapa Avança OAB acusa o advogado Marcos Caju, quando conselheiro federal e após ter sido presidente da Comissão Estadual de Exame de Ordem, de ter recebido honorários de candidatos que não foram aprovados na segunda etapa da avaliação para dar entrada em recursos.
Marcos Caju é o atual candidato a secretário geral na chapa encabeçada por Odon Bezerra para as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB).
A denúncia é reforçada através de recibo de pagamentos. O documento revela que o advogado recebia R$ 300,00 por recurso do Exame de Ordem. Quem recebia os valores e assinava os recibos dos bacharéis em Direito, que pretendiam advogar, era a secretária de Marcos Caju, Jaqueline Flora. O e-mail, também anexado, mostra que Flora era chamara por Marcos Caju como “a minha secretária predileta”. O dinheiro, conforme a denúncia, era destinado ao escritório particular do advogado.
Se fosse pautado pela ética, Marcos Caju jamais poderia dar entrada em recursos para candidatos que foram reprovados no exame da OAB e, muito menos, pedir dinheiro em troca desse trabalho, pois era conselheiro federal e já tinha atuado como presidente da Comissão de Exame de Ordem e, portanto, responsável pela avaliação.
Marcos Caju foi vice-presidente da OAB, conselheiro federal e presidente da Comissão Estadual de Exame de Ordem. Quando ocupou o posto de conselheiro federal, elaborava recursos para ser interposto em nome daqueles candidatos que não passavam na segunda fase do Exame de Ordem. Na segunda etapa os candidatos fazem a prova prático-profissional, onde precisam elaborar uma peça jurídica.