O ex-governador da Paraíba, José Maranhão, não quis responder aos ataques feitos contra ele pelo deputado federal Manoel Júnior, em manifesto divulgado anteontem, segundo o qual estaria na hora do PMDB – partido ao qual os dois são filiados – se livrar do caciquismo, do nepotismo, da hegemonia familiar e do continuísmo.
Manoel Júnior quer ser candidato a prefeito de João Pessoa pelo PMDB e defende o que ele chama de princípio da renovação, da rotatividade e da proporcionalidade de representação no PMDB. Isto porque, segundo o deputado, o partido está concentrado nas mãos da família de José Maranhão.
O ex-governador paraibano preferiu dizer que não vai polemizar com o deputado Manoel Júnior, que ingressou na legenda por seu intermédio. “Não vou polemizar com ele em torno de algo que não tem fundamento”, disse Maranhão.
Segundo o ex-governador, a atual composição da Comissão Executiva Provisória do PMDB de João Pessoa contempla todos os grupos do partido, inclusive o próprio Manoel Júnior e o deputado estadual Gervásio Maia Filho.
Em recentes entrevistas, José Maranhão tem defendido a realização de uma pesquisa como critério de escolha do candidato a prefeito de João Pessoa pelo PMDB. A pesquisa indicará o melhor nome e o candidato será escolhido entre ele e Manoel Júnior.
Temendo que seu nome não figure bem numa pesquisa quantitativa, Manoel Júnior passou a defender a realização de uma pesquisa qualitativa. Ele acha que suas qualidades atrairão mais o eleitorado do que as do ex-governador José Maranhão.
Mas o ex-governador quer pesquisa quantitativa, já que o que vale numa eleição é quantidade de voto. Maranhão defende que o nome melhor posicionado na pesquisa seja o candidato a prefeito da maior cidade do Estado.
A verdade é que o PMDB, assim como outros partidos políticos, está completamente dividido. Na queda de braço entre Manoel Júnior e José Maranhão, o ex-governador deve levar a melhor e a legenda deve ir dividida para a campanha eleitoral do próximo ano na cidade de João Pessoa.
Correio da Paraíba