O governador José Maranhão deu posse no final da manhã desta segunda-feira, 3 de agosto, aos auxiliares remanejados de função em sua administração. Após a solenidade, ele concedeu uma entrevista à imprensa e tratou de temas políticos e de gestão. Maranhão, por exemplo, elogiou a ex-prefeita campinense Cozete Barbosa, a quem tratou de "amiga de longas datas": "Ela tem uma experiência administrativa e pode contribuir muito para o Governo", disse, sobre a nova responsável pela Gerência Executiva de Descentralização da Ação do Governo. Apesar de citada e aplaudida, Cozete não compareceu à solenidade.
Maranhão admitiu que, além das mudanças administrativas que culminaram com a posse de hoje, outras poderão vir: "É possível que tenhamos de fazer outras mudanças. Quem assume um cargo no Governo, sabe que pode ser mudado. Estamos em um processo de evolução e essa adequação foi necessária pela conveniência administrativa". Para o Governador, possíveis mexidas podem contemplar o Partido dos Trabalhadores: "O PT já tem espaços generosos no Governo, mas pode vir a ocupar novos espaços".
O chefe do executivo declarou que a partir de agora, os secretários do Governo do Estado tem uma missão árdua para ser cumprida no período da atual administração, que é concretizar o Plano de Reconstrução da Paraíba, e isso só será possível com a total dedicação ao cumprimento de suas ações, tudo executado com mais eficiência e rapidez. O recado foi dado ao empossar os seus novos auxiliares, como parte do processo de remanejamento para colocar gestores em lugares mais adequados.
“O propósito principal do remanejamento é buscar a maior eficiência e agilidade para tirar a Paraíba dos descaminhos administrativos. Devemos acertar porque não temos tempo a perder para a retomada das obras iniciadas e que não tiveram continuidade na administração passada”, afirmou o governador. Lembrou que teve seu mandado encurtado em mais da metade, e agora é preciso saber escolher os caminhos certos e, por isso, tem pressa para desenvolver as atividades e colocar em prática as ações que o povo cobra.
Segundo o governador, o tempo é o grande inimigo da sua administração porque lhe restam um ano e seis meses de mandato, daí a necessidade de não perder tempo. Cobrou que todos os secretários e dirigentes de empresas estatais trabalhem com mais empenho para a concretização das etapas de reconstrução no curto espaço de tempo do seu governo. “Não temos poupado esforços para fazer as coisas tendo como parâmetro o tempo curto disponível. Temos que fazer as coisas com rapidez”, comentou.
Finalmente, o governador declarou que ainda não fechou a negociação da folha de pagamento à Caixa Econômica Federal ou ao Banco do Brasil. Segundo ele, "estamos pendurados em pouca coisa". Outro assunto comentado foi o especulado comprometimento das finanças do Estado para pagar os planos de cargos dos servidores: "Isso nos representa um valor de R$ 65 milhões, mas nós vamos pagar. Não vamos dar margem para que os demagogos nos coloquem contra os servidores".
Posse – José Edísio Souto foi empossado como novo titular da Procuradoria Geral do Estado. Ele substitui Marcelo Weick, remanejado para a secretaria chefe da Casa Civil, cargo que era ocupado interinamente pelo secretário executivo desde a saída de José Ricardo Porto para disputar uma vaga como desembargador. No lugar de Edísio, na Cagepa, quem ascende é o diretor admnistrativo, Alfredo Nogueira Filho.
Continuando a rearrumação do quadro de auxiliares, o executivo da Casa Civil, Élson Pessoa de Carvalho deixou seu posto para assumir a Controladoria Geral do Estado. Já Ruy Bezerra Cavalcanti foi escalado para a Secretária de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca.