O governador José Maranhão (PMDB) admitiu, em entrevista ao jornalista Fernando Braz, da Tambaú FM (102.5 Mhz), que o líder do Governo, Gervásio Filho (PMDB) deve cair. A declaração de Maranhão, contudo, foi diplomática. Ele alegou que o trabalho de liderança da bancada aliada é muito complexo e requer o engajamento de mais de um parlamentar. Na verdade, ele disse pensar em quatro ou cinco deputados para conduzirem o bloco governista. Cada um deles deve ser indicado por um partido aliado, como o PSC e PT.
Na entrevista concedida na tarde da última sexta-feira, 23, e veiculada hoje de manhã no programa Conexão Paraíba, Maranhão diz que não tem críticas a fazer ao trabalho de Gervásio Filho, mas entende que há muita complexidade no tratamento dos assuntos de interesse do governo e na relação com os demais partidos, por isso, gostaria de contar com uma liderança colegiada, formada por quatro ou cinco parlamentares, cujos nomes não citou.
– Nós vamos aumentar o colégio de líderes. Em toda casa legislativa tem um colegiado de líderes. Não é que tenhamos qualquer restrição ao trabalho que Gervasinho está fazendo. Não é isso. É que a liderança do Governo é muito complexa. Tanto a relação parlamentar quanto a da Assembleia com o Governo é complexa. É de todo aconselhável que se tenha um colégio de líderes com quatro ou cinco integrantes.
Indagado sobre o que o PMDB reservaria ao ex-governador Roberto Paulino, Maranhão declarou que o guarabirense é "muito querido" e acrescentou que a inserção dele na chapa majoritária "só fortalece".
Maranhão esteve na TV Tambaú para conceder uma entrevista na última sexta-feira e permaneceu na empresa até o meio da tarde, quando viajou para Campina Grande, onde iria participar das comemorações de 45 anos da Fundação Assistencial da Paraíba – FAP, em Campina Grande.