Em uma entrevista concedida hoje ao Tambaú Debate, da Nova Tambaú FM, o deputado federal Manoel Júnior (PMDB) confirmou sua intenção de ser candidato a prefeito de João Pessoa nas eleições de 2012. Ele negou que haja a possibilidade de José Maranhão (PMDB) encabeçar a disputa e citou as referências elogiosas do ex-governador ao seu nome. Ainda assim, Manoel defende a realização de pesquisas de opinião pública para escolher o candidato do partido, mas fez uma ressalva: quer que isso aconteça já em agosto para que a oposição tenha tempo de trabalhar as estratégias rumo às urnas até o ano que vem:
– Maranhão, que tem a experiência de ter sido governador por três vezes, já disse publicamente que não é candidato e que o candidato dele é Manoel Júnior. Mesmo assim, eu acho que o nome deve ser checado através de pesquisa de opinião. Temos que fazer democracia interna. Se meu nome estiver melhor, com mais aceitação e menor rejeição, eu não abro mão de jeito nenhum. Isso precisa ficar estabelecido em um prazo hábil para que possamos trabalhar. Acho que em agosto já devemos definir quem será o candidato. Mas, que o PMDB terá candidato, isso não se discute.
Ridículo – O parlamentar ainda criticou o trabalho do grupo denominado "Pacto pela Paraíba" e chegou a dizer que alguns dos itens escolhidos como prioritários para a pauta a ser encaminhada à presidente Dilma Rousseff (PT) iriam ridicularizar a Paraíba. Ele citou como exemplo a revitalização do Porto de Cabedelo e a rolagem da dívida. Para Manoel, o porto de Cabedelo tem limitações naturais que impedem seu desenvolvimento, sendo mais apropriada a construção de um outro porto, de águas profundas.
– Não vamos levar a Dilma cinco pontos para debate e sermos ridicularizados. Precisamos levar pontos como os de Pernambuco há 50 anos. Eu discordei de dois pontos fundamentalmente: a rolagem da dívida e o estabelecimento de R$ 500 milhões para o porto de Cabedelo, que não é uma obra estruturante para o Estado porque ele está sendo dragado e melhorado com recursos ainda do Governo Maranhão, mas ele é um porto fluvial. Se fizer um buraco de 20 metros na bacia, com três meses ele volta ao normal, 9 metros. Ele é um porto fluvial e não adianta. Os técnicos do Governo querem justificar o injustificável.