Mais de 1.500 botijões de gás de cozinha já foram apreendidos na manhã de hoje pela força-tarefa coordenada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, em vários bairros de João Pessoa, Santa Rita, Cabedelo e Bayeux. Até agora, quatro pessoas foram presas em flagrante por venderem clandestinamente GLP (gás liquefeito de petróleo, também conhecido como “gás de cozinha”). Somente em um ponto de venda localizado na avenida principal dos Bancários (a “Nobre Gás”), foram apreendidos 700 botijões que apresentavam irregularidades e estavam armazenados em local impróprio e inseguro. Um funcionário do local foi preso.
Os dados são parciais e hoje à tarde novas informações deverão ser divulgadas a respeito da operação “Segurança e Saúde”, na qual participam 20 equipes compostas por policiais militares, policiais civis, bombeiros, delegados, fiscais da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), profissionais do Fisco, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), do Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial da Paraíba (Imeq) e do Procon Estadual. Às 16h00, o promotor de Justiça do Consumidor, Francisco Glauberto Bezerra, e outras autoridades que estão participando da operação farão uma entrevista coletiva à imprensa para falar sobre o assunto. A coletiva será no gabinete do secretário de Segurança e Defesa Social, em Mangabeira.
Além de combater a venda clandestina do gás de cozinha, a operação está fiscalizando as condições de armazenamento de galões de água mineral nos 20 pontos de distribuição do produto. Pelo menos cinco pontos de revenda clandestina do GLP foram encontrados fechados e sem nenhum funcionário. Nesses casos, a força-tarefa está providenciando mandados de busca junto à Justiça.
De acordo com o diretor técnico de medicamentos e alimentos da Agevisa, João Peixoto, o armazenamento inadequado de água mineral (geralmente, os estabelecimentos colocam o produto próximo de substâncias químicas como o GLP, por exemplo) pode comprometer a qualidade da água, alterar suas propriedades e colocar em risco a saúde e a vida da população.
Balanço parcial – Essa é a terceira operação promovida pelo MPPB, em parceria com outros órgãos do Governo do Estado para combater a venda clandestina de gás de cozinha na Grande João Pessoa e retirar do mercado botijões adulterados e/ou que apresentam problemas que colocam em risco a segurança e a vida do consumidor. Nas últimas três semanas, já foram fiscalizados 40 pontos de venda de GLP na Grande João Pessoa, sendo que 19 eram postos de combustíveis. Ontem (5), fiscais da ANP visitaram mais 23 pontos de venda de combustíveis. Três foram interditados, dois por apresentarem problemas de vazão de combustíveis líquidos (indício de adulteração, em que o consumidor era obrigado a pagar por um volume de combustível que não adquiria na prática); e um por apresentar excesso de pressão no abastecimento de GNP (gás natural de petróleo).
Do dia 16 de julho até às 10h30min de hoje, mais de 2,5 mil botijões de gás já foram apreendidos e 18 pessoas já foram presas por comercializarem clandestinamente o produto ou por desrespeitarem as normas de segurança exigidas por lei. A Agevisa também está apreendendo galões de água mineral armazenados em locais impróprios.