Populares invadiram na madrugada de hoje a casa de Marinez, mãe de José Alex, principal suspeito de matar a menina Anielle Teixeira, de 11 anos. A residência fica na Comunidade Maná, em Miramar, perto de onde o corpo da vítima foi encontrado na madrugada de hoje. Revoltados com o crime, eles quebraram móveis e deixaram inscrições na parede do imóvel. Não havia ninguém na residência no momento da invasão.
Dona Marinez deixou a casa às pressas e está em um local não informado temendo por sua integridade física. Ela disse que não tem dúvidas da culpa do filho no assassinato de Anielle. “Ele é culpado porque o que ele fez não é justo. O que ele fez com essa criança que ele conhecia, eu sei que ele conhecia, ele faria com qualquer criança, talvez até com a filha dele. Eu não admito isso. Eu tenho que ser sincera. Eu digo que ele é culpado porque acharam a roupa dele no Bairro de São José onde ele dormia. Ele não confessou para mim, mas ele é um homem frio. A cabeça dele está valendo muito pouco”.
Marinez trabalha com aluguel de cadeiras e guarda-sóis na praia e disse ter visto o filho na última sexta-feira na praia do Cabo Branco, onde ele vendia côco. “Ele me disse que estava de folga e só voltaria a trabalhar no dia 7. Eu não falei nada. No domingo, a mãe da menina chegou no meu ponto e perguntou se eu era mãe de Alex e se ele morava no Castelo Branco. Eu disse que ele estava morando no Bairro de São José e ela me perguntou também se ele usava drogas… isso não é segredo para ninguém”.
Marinez garantiu que não sabe o paradeiro do filho, que é pai de duas crianças. “Se eu soubesse, eu entregaria ele à polícia”.
Perícia – O corpo de Anielle Teixeira foi loocalizado numa mata na lateral do supermercado Pão de Açúcar da Epitácio Pessoa parcialmente despido e em adiantado estado de decomposição, o que indica que a menina pode ter sido morta no domingo, 5, data em que desapareceu.
A perita Amanda Melo informou que o cadáver não tinha marcas de ferimento a tiro ou por arma branca. A perícia acredita que a garota pode ter sido esganada. “Pensamos em asfixia, mas ainda não é possível confirmar. Vamos precisar da necrópsia que deve ser realizada amanhã”.