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Lula desembarca em julho na Paraíba para encontro com lideranças locais

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Depois uma série de encontros com líderes políticos em Brasília e no Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai desembarcar em julho para um périplo entre estados do Nordeste com objetivo de reencontrar antigos aliados e buscar novas parceiras mirando a eleição de 2022.

A expectativa é a de que o tour pela região aconteça em duas etapas, começando ainda na primeira quinzena de julho. Líderes locais de PSB e MDB serão os principais alvos.

Na Paraíba, conforme já divulgado pelo ParlamentoPB, uma das conversas de Lula deve ocorrer com o senador Veneziano Vital do Rêgo. Ele é presidente estadual do MDB e apoia o governador João Azevêdo (Cidadania), que vai disputar a reeleição em 2022.

“Eu vejo a movimentação como legítima e natural. Faz parte do esforço que o candidato a presidente tem que fazer. É o fortalecimento de laços com pessoas que já estiveram juntas”, analisa o senador.

Veneziano apoiou o impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Em 2018, fez campanha para Fernando Haddad (PT) no primeiro e segundo turnos da eleição presidencial.

Lula também vai se encontrar com o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), com quem tem forte ligação política e pessoal. O socialista pretende disputar uma vaga ao Senado no próximo ano.

Também está na mira do ex-presidente o governador Azevêdo, que saiu do PSB após rompimento com Coutinho, que era seu principal padrinho político.

“Na Paraíba, há blocos políticos que são adversários mas que, nacionalmente, têm feito enfrentamento intenso a Bolsonaro. É importante conversar com eles”, diz o presidente do PT na Paraíba, Jackson Macêdo.

Tentativa de reaproximação
O PSB e MDB se distanciaram do PT ao longo dos últimos anos e apoiaram majoritariamente o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) em um processo que deixou feridas abertas pelo caminho.

Além de alinhar o discurso com a base e motivar a tropa de militantes, a viagem também tem como objetivo estreitar as conversas com potenciais aliados na região.

“Serão conversas políticas, sem relação com eleição. O presidente Lula quer debater sobre desenvolvimento regional, o combate à fome e a luta por vacinas”, afirma Márcio Macêdo, vice-presidente nacional do PT.

No PSB, o movimento de aproximação deve ser selado com a provável filiação ao partido do governador do Maranhão, Flávio Dino, que na quinta-feira (17) passada anunciou a sua desfiliação do PC do B.

PT e PSB já haviam firmado parcerias no Piauí e na Paraíba e iniciaram movimentos de reaproximação em Pernambuco e Sergipe. Na Bahia e no Ceará, as alianças locais são históricas e sobreviveram às rusgas dos últimos anos.

A conversa com o PSB de Pernambuco será uma das prioridades do périplo de Lula pelo Nordeste. Já está engatilhada reunião com o governador local, Paulo Câmara (PSB).

Lula pretende se encontrar com o prefeito do Recife, João Campos (PSB), um dos nomes dentro do partido que resiste a um apoio ao petista já no primeiro turno das eleições de 2022.

No ano passado, ele protagonizou uma das eleições mais acirradas da história da capital pernambucana contra a prima Marília Arraes (PT).

O antipetismo foi usado de maneira intensa na campanha eleitoral do segundo turno. Lula tem forte relação pessoal com a família Campos. A intenção do petista é também fazer uma visita a Renata Campos, mãe do político e viúva de Eduardo Campos, ex-ministro de Lula.

O PSB pernambucano, que tem peso histórico nas decisões do partido, avalia que ainda não é tempo de definir alianças nacionais no momento em que o partido está em ascensão, com a iminente filiação de novos quadros como Dino e o deputado federal Marcelo Freixo.

João Campos e o ex-prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB), que deve se lançar candidato ao governo estadual, têm feito contraponto no PSB a movimentos de aproximação com o PT.

Geraldo Julio declarou, no início de maio, que defendia candidatura própria para a disputa presidencial ou apoio a Ciro Gomes (PDT).

Com o MDB, que nas últimas eleições se firmou como um parceiro do PT nos principais estados do Nordeste, há movimentos mais claros de aproximação no Ceará e em Alagoas. Mas há espaço para conversas na Paraíba, no Piauí e até mesmo na Bahia, onde PT e MDB estão rompidos desde 2009.

Presidente nacional do MDB, o deputado federal Baleira Rossi (SP) afirma que não há impedimento para conversas com o PT, mas diz que a parcela do partido que defende o apoio a Lula é residual.

“Estamos trabalhando majoritariamente na busca de uma candidatura mais moderada, mais equilibrada. Inclusive vamos apresentar nas próximas semanas um nome do partido para essa discussão”, diz.

No Ceará, o principal líder político do MDB, o ex-senador Eunício Oliveira, afirma que estará no palanque de Lula na eleição do próximo ano. Ambos se encontraram em Brasília no início de maio.

“A não ser que o meu partido tenha um candidato próprio com chances, eu vou votar no presidente Lula no primeiro turno, sem a menor dúvida”, disse à Folha Eunício Oliveira.

Derrotado na onda bolsonarista de 2018, Eunício tem planos de voltar ao Senado, mas pode disputar até o Governo do Ceará. Para isso, tem conversado com setores do PT que trabalham por um palanque fiel para Lula no estado.

O governador Camilo Santana (PT) tende a apoiar um nome do PDT para o Governo do Ceará e deve se manter neutro no primeiro turno entre Lula e Ciro Gomes, prováveis candidatos ao Planalto.

A parceria com o MDB também está encaminhada em Alagoas, onde o PT se reaproximou do governador Renan Filho (MDB) e apoiou a sua reeleição ainda em 2018, cerca de dois anos após o rompimento.

A aliança deve ser mantida na próxima eleição. O PT não tem nome competitivo para disputar o governo do estado e seguirá a estratégia do Diretório Nacional de priorizar o apoio a potenciais aliados nos estados.

 

Com Folha de S. Paulo

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