Cláudia Carvalho

Cláudia Carvalho é editora e diretora do ParlamentoPB, jornalista e radialista, mestre em Jornalismo Profissional pela UFPB
Cláudia Carvalho

Lula abraça João e Pedro faz cara de paisagem

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O segundo turno das eleições na Paraíba está transcorrendo em ritmo acelerado. De ontem para hoje, muitos fatos políticos aconteceram.

O principal deles foi o anúncio do apoio de Luiz Inácio Lula da Silva ao governador da Paraíba, João Azevedo, que disputa a reeleição contra Pedro Cunha Lima do PSDB.

Lula e João se encontraram em São Paulo num evento que reuniu governadores, senadores e lideranças aliadas do candidato do PT à presidência. João havia feito um discurso e prometido aumentar a margem de votos de Lula na Paraiba no segundo turno. Aqui, o petista teve 64,21% dos votos contra 29,62% de Jair Bolsonaro no primeiro turno.

Depois que acabou o evento, Lula gravou um vídeo ao lado de João, explicou que tinha um compromisso com Veneziano Vital do Rego no primeiro turno e pediu a todos os eleitores do PT que escolham também João Azevedo no dia 30 de outubro na Paraíba. Usou até o slogan de campanha do candidato do PSB se referindo a ele como um governador de verdade e dizendo que João será um parceiro de verdade caso o PT vença a eleição presidencial.

Aqui na Paraíba, o diretório do PT aprovou o que podemos chamar de apoio crítico a João no segundo turno. Apesar de deixar claro que há divergências com a gestão estadual, o presidente da sigla, Jackson Macedo, divulgou que a decisão foi unânime de seguir com João Azevedo no segundo turno. O partido havia se dividido na primeira etapa da eleição: oficialmente esteve com Veneziano, mas Frei Anastácio, Anisio Maia, Giucelia Figueiredo e lideranças ligadas a eles pediram votos para João. Agora, se dá algo incomum no PT paraibano: todos concordaram com a aliança com João.

Do outro lado da eleição, Pedro Cunha Lima recebeu hoje os apoios do deputado estadual reeleito Taciano Diniz e mais quatro prefeitos Marcelo Matias, de Pilõezinhos; Pedro Caetano, de Bom Sucesso; Tácio Samuel, de Curral Velho; e Messias Simão, de Manaíra.

Pedro reluta em dizer se apóia Bolsonaro, mas depois do anúncio de Lula, independente dele verbalizar ou não, o eleitor bolsonarista já se prepara para apertar 45 na urna eletrônica. Mas é preciso destacar que Nilvan Ferreira e outros defensores do bolsonarismo esperam uma sinalização formal de Pedro para Bolsonaro antes de fechar uma composição. Se o tucano continuar em cima do muro, é possível que o eleitorado mais conservador fique zangado com a neutralidade de Pedro e decida ficar neutro também na eleição estadual.

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