Há exatos dois anos, o Brasil viveu um dos momentos mais sombrios de sua história recente. No dia 8 de janeiro de 2023, vândalos bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, em um ataque à democracia que ficou marcado como a maior agressão ao Estado Democrático de Direito desde o fim da ditadura militar (1964-1985). A ação, que chocou o país e o mundo, foi classificada pelas autoridades como o ápice da escalada golpista liderada pelo então presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro e seus aliados.
De acordo com a Polícia Federal (PF), o ataque foi orquestrado por bolsonaristas que incitaram seus apoiadores com falsas alegações sobre o sistema eleitoral e as instituições democráticas brasileiras. O objetivo, segundo os investigadores, era gerar um clima de desordem suficiente para justificar uma intervenção militar, uma medida extrema que visava desestabilizar o regime democrático do Brasil.
O episódio, apesar de trágico, também despertou uma resposta decisiva da sociedade e das autoridades, que se uniram em defesa da democracia. O país, que já havia experimentado dificuldades políticas e institucionais, consolidou seu compromisso com os valores democráticos, reafirmando o papel das eleições e das instituições na manutenção da ordem constitucional.
O deputado Luiz Couto (PT-PB), ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, destacou a importância de não deixar que o 8 de janeiro seja esquecido, e pontuou a necessidade de fortalecer a democracia no Brasil.
“O ataque de 8 de janeiro foi um duro golpe contra a democracia, mas também revelou a resiliência e a união do povo brasileiro em defender as nossas instituições. Não podemos permitir que movimentos golpistas e autoritários ameacem o futuro do nosso país. A cada dia, o Brasil se fortalece mais no caminho da democracia, com o compromisso de todos em preservar a verdade e a justiça.”
Sempre comprometido com a defesa da democracia, o deputado fala do legado, mesmo que macabro, deixado pelo 8 de janeiro de 2023, que serve de alerta para que todos vigiem e cuidem da democracia.
“O 8 de janeiro de 2023, embora uma página sombria da história, também representou um ponto de virada, no qual o Brasil reforçou sua confiança nas instituições democráticas, comprometendo-se a proteger a ordem constitucional e os direitos fundamentais de todos os cidadãos. O legado desse dia, embora doloroso, é um chamado constante à vigilância e ao respeito à democracia, ” acrescentou, Couto.
