Em sessão realizada na quarta-feira (2), o deputado Luiz Couto (PT-PB) fez um discurso enfático no plenário da Câmara dos Deputados, alertando para as consequências negativas da persistência na manutenção dos juros altos pelo Banco Central e pedindo providências para promover a redução da taxa Selic.
O deputado iniciou sua fala destacando que a sabedoria popular nos ensina que persistir no erro é mais prejudicial do que errar em si. Ele ressaltou que o Brasil enfrenta uma situação delicada; que embora os índices econômicos indiquem um cenário favorável para o crescimento, o setor empresarial clama por condições mais favoráveis para investir e a população almeja facilidades de crédito, mas que o Banco Central tem se mantido “intransigente”, mantendo os juros básicos da economia elevados.
Segundo o deputado, a postura do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem sido pautada mais por ideologias do que pela análise cuidadosa dos movimentos econômicos. “A taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano, é vista como um entrave ao desenvolvimento do país, beneficiando apenas os banqueiros bilionários, enquanto o restante da população sofre com o aumento da inadimplência, dificuldades no acesso ao crédito e o enfraquecimento das empresas”, disse ele.
Citando uma matéria da revista Carta Capital intitulada “Sabotagem explícita,” o deputado Luiz Couto denunciou a postura ideológica do presidente do Banco Central, que estaria agindo para minar os esforços do governo em promover o desenvolvimento econômico. Ele também criticou a independência irrestrita do Banco Central, aprovada em 2021, afirmando que é essencial haver coordenação entre a política monetária e a política econômica.
Ele afirmou que a insistência no erro é um desfavor ao povo brasileiro e reforçou o apoio ao Governo do Presidente Lula às medidas que visam melhorar o emprego, aumentar a renda da população e recuperar a credibilidade do país. “O atraso em iniciar a redução dos juros pode trazer consequências drásticas, como mais desemprego, queda de arrecadação e piora da atividade econômica. Mas parece ser exatamente esse o desejo do presidente do Banco Central e do pequeno grupo de economistas afinados com o bolsonarismo. Querem impedir o sucesso das medidas econômicas do atual governo por revanchismo e desprezo pelos brasileiros mais pobres”, desabafou Couto.
Couto concluiu seu discurso enfatizando a necessidade de que a taxa de juros seja reduzida o quanto antes, destacando que a diminuição das taxas é fundamental para impulsionar a atividade econômica, fortalecer a indústria, ampliar o acesso ao crédito para empresários e produtores rurais e alavancar o PIB brasileiro.