O vice-governador da Paraíba, Luciano Cartaxo, procurou a reportagem do Parlamentopb para desmentir a acusação levantada ontem por uma fonte do PT paraibano segundo a qual ele teria um débito acumulado da ordem de R$ 10 mil com o diretório regional, motivo pelo qual sequer poderia votar na chapa de Rodrigo Soares no PED. Cartaxo reconheceu que existe uma dívida, mas garante ter autorizado o débito automático em conta há quinze dias:
"Meu chefe de gabinete procurou o tesoureiro do PT, Milton Ferreira, para providenciar o débito automático da contribuição para o partido. Não estou inadimplente", disse o vice-governador, acrescentando que não há obrigatoriedade dos filiados manterem-se em dia para votar: "Em toda eleição do PT há duas filas: uma para pagar a dívida com o partido e outra para votar. Quem precisa estar rigorosamente em dia são os candidatos. Os filiados podem pagar no dia da eleição", explicou.
Endurecendo o tom de seu discurso, Luciano Cartaxo acusou "integrantes do grupo de Luiz Couto" de não ter controle sobre as contas do partido: "Não estou inadimplente, mas tem gente no PT que teve as contas reprovadas no Tribunal Regional Eleitoral e deixou o partido sem receber o fundo partidário. Durante meu mandato de vereador, contribui com mais de R$ 93 mil para o PT. Não será como vice-governador que deixarei de pagar minha contribuição". Apesar dele não citar textualmente o nome do dirigente, sabe-se que as contas reprovadas foram as de Adalberto Fulgêncio.
Finalmente, Cartaxo disse que Rodrigo Soares não precisará de seu voto para eleger-se, mas poderá contar com ele porque o vice-governador estará apto a votar no dia 22 de novembro. Para ele, a exposição da suposta dívida foi um "golpe rasteiro": "Lamento que pessoas no PT tentem descredenciar as lideranças do partido e usem um golpe rasteiro para tentar denegrir a imagem de um filiado com mandato público. Pena que não tenham a coragem de assumir a leviandade que criaram".