Um dos momentos que mais chamou a atenção no final da manhã de hoje no culto ecumênico em ação de graças ao novo Governo da Paraíba foi a presença de várias mães e pais de santo entre as autoridades religiosas convidadas para celebrar o ato litúrgico. Ao fazer uso da palavra, o Pai Erivaldo de Oxun ressaltou que a inclusão dos praticantes dos cultos africanos não era um favor, mas um direito, já que a Constituição garante que o Estado é laico. Ele lembrou os episódios da campanha eleitoral, na qual Ricardo Coutinho (PSB) foi acusado de ter um pacto com o demônio e criticou o fato de os acusadores terem relacionamento esse suposto envolvimento demoníaco com a umbanda e seus seguidores.
Já o Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, disse que o governador enfrentou calúnias durante a campanha eleitoral:
– Ele enfrentou calúnias e nós sofremos muito com isso. Detrações, perseguições arbitrárias por causa da verdade e da Justiça. Mas, parece que Deus lhe premiou, lhe dando um filho, Henri. Paulo de Tarso fala sobre a força e a coragem que ele pedia a Deus. Ele pedia para superar tudo em nome do amor a Deus e ao povo. Amado governador, diante de críticas destrutivas, prevalecia e que prevaleça sempre a meta planejada e não o orgulho ferido.
Em sua vez, o pastor Estevam Fernandes, da 1ª Igreja Batista de João Pessoa, revelou que alguns repórteres lhe perguntaram que impressão ele tinha do governo de Ricardo Coutinho:
– Morando aqui em João Pessoa, há 32 anos, eu disse que com certeza nasce um novo tempo. Hoje, eu digo que nunca estive numa cerimônia com tantas pessoas de religiões diferentes. Com uma diferença, convivendo em paz, com respeito e sorrindo para os outros. Poderíamos estar aqui fazendo de conta que nos damos bem, mas fazer de conta não agrada a Deus.