Durante a realização da sessão ordinária de ontem na Câmara de Vereadores de Bayeux um fato chamou a atenção, em meio a apresentação de requerimentos e projetos de lei. O presidente da Casa, vereador Mizael Martinho (DEM), conhecido por Fofinho, usou a tribuna para narrar um fato lamentável acontecido no Hospital Materno da cidade.
Segundo ele, a paciente Maria Salete do Nascimento, residente no Jardim Aeroporto, deu entrada na segunda-feira, 11, às 10h35 e após examinada, a médica plantonista verificou a necessidade de fazer uma curetagem. Ao passar pelo plantão médico, no dia seguinte (terça-feira), às 11h, por falta de anestesista, a paciente teve que ser transferida para João Pessoa. No mesmo dia, outra paciente teve que fazer um parto forçado sem anestesia por falta do médico.
Durante o discurso do presidente da Casa, o vereador Jorge de Souza (PMDB) que é líder do prefeito Jota Júnior aparteou o mesmo e se colocou à disposição para responsabilizar os culpados e exigiu a apuração dos fatos com a instauração de uma sindicância para que tudo seja esclarecido.
“Tem que ser tudo apurado e os culpados punidos pela lei” afirmou o líder. O vereador Lico (PSB) também fez um aparte e disse que a situação tem que ser apurada pelo Ministério Público. A vereadora Célia Domiciano se mostrou indignada com o mau atendimento e a falta de um hospital de urgência e emergência na cidade, que tem mais de 100.000 habitantes.
Outro a expor sua revolta foi o vereador Cariolando. Ele se queixou de ter esperado 40 minutos para ser atendido por causa de uma dor de cabeça.
Com o fim da sessão, os vereadores Cariolando, Nino, Lico, Raminho do Calçamento, Fofinho, Roni e Célia Domiciano saíram em comitiva para o Hospital Materno. Eles conversaram com os profissionais de saúde e a população e ouviram reclamações do péssimo atendimento e da falta de estrutura.